segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Eles comem tudo e não deixam nada!

Vem no Jornal I de ontem que as dívidas ao fisco ultrapassaram 6,5 mil milhões em 2015.
Estranhamente ninguém fala das dívidas à Segurança Social e até o Ministério de Mota Soares assume que não cumpre a lei da publicação da lista desde Agosto de 2013, justificando com “dificuldades de actualização” dos devedores.
http://economico.sapo.pt/noticias/governo-deixa-cair-lista-de-devedores-a-seguranca-social_221115.html

E agora se a isto juntarmos o facto de o estado ter atribuído, entre 2010 e 2014 (5 anos), 68.959
benefícios fiscais que totalizaram 5.560.615.347,63 € e que deste enorme bolo (que saiu dos nossos bolsos) 559 desses benefícios (0,811% do total) totalizavam 3.799.509.319,14 € (68,329% do total do dinheiro) pois todos eram superiores a 1 milhão de euros. 
http://info.portaldasfinancas.gov.pt/pt/dgci/divulgacao/estatisticas/Estatisticas+-+contribuintes+com+benef%C3%ADcios+fiscais.htm

Se também se juntarmos os apoios públicos ao sector financeiro “O Estado gastou em apoios públicos ao setor financeiro 11.822 milhões de euros entre 2008 e 2014, tendo o ES/Novo Banco representado 40% dos gastos com a banca, de acordo a Conta Geral do Estado de 2014.”
http://www.rtp.pt/noticias/economia/estado-gasta-quase-12-mil-milhoes-de-euros-com-setor-financeiro-entre-2008-e-2014_n883268

Mas atenção que aqui ainda não entra a última bronca do Banif “Fatura com o Banif é, para já, de 2,6 mil milhões de euros, mas este valor pode chegar a 3,8 mil milhões.”
http://observador.pt/2015/12/22/fatura-banif-26-mil-milhoes-ja/

E a cereja no topo deste venenoso bolo é o facto de a economia paralela, em Portugal, representar 26,81% do PIB oficial correspondendo a 45.901 milhões de euros em 2013.
http://www.publico.pt/economia/noticia/a-economia-paralela-em-portugal-1694348

É com esta realidade, criminosa e sufocante para a generalidade das pessoas, que é preciso acabar. 
Isto não é por desconhecimento pois, como se vê nos links, a informação é pública.
O problema é que muitos governantes, e deputados, estão ao serviço destes abutres.
Os tais que diziam que "vivemos acima das nossas possibilidades" ou “que não há dinheiro e é preciso reduzir os apoios sociais” e nada fizeram para destruir este cancro da corrupção e compadrio.
Esta gente, e os que sempre os apoiaram (como Marcelo Rebelo de Sousa) tem que ser afastada para que o país possa crescer de um modo saudável. 

domingo, 3 de janeiro de 2016

É preciso acabar com a impunidade e exigir mais controlo dos vigaristas!

Decididamente já cansa ouvir falar, políticos, reguladores e alguns comentadores, da necessidade de controlar o cancro da corrupção e do compadrio em Portugal, e no mundo, sem quase nada fazerem!
Existem já muitas denúncias públicas deste tipo de escândalos que as pessoas têm que conhecer.
Eis alguns exemplos recentes:
Programas na SIC Notícias - Negócios da Semana Edições de:
09/12/2015 onde José Gomes Ferreira entrevista José Azevedo Pereira, Consultor e Professor do ISEG. Temas: Aumento dos Impostos;Informatização da administração fiscal; E-faturas; Os casos de prepotência do Fisco sobre os pequenos e os que não podem escapar continuam a marcar a actualidade; Algumas corporações e interesses mais poderosos conseguem sempre algum tipo de benefício ou de isenção. A fuga de capitais para o exterior para escapar aos impostos e apagar o rasto de corrupção.
30/12/2015  onde o mesmo apresentador está em debate com: Cristina Ferreira, Jornalista do Jornal Público; Isabel Vicente, Jornalista do Jornal Expresso; João Duque, Economista/Professor do ISEG e Gustavo Sampaio, Jornalista/Escritor. Tema: A banca portuguesa: o Banif que exige aos contribuintes um esforço de 2.400 milhões de euros; a perda quase total de dois mil milhões de euros em divida sénior que estava no Novo Banco e foi devolvida ao BES; a necessidade de reforço de capital da Caixa Geral de Depósitos, com despedimentos prováveis e a pressão da Comissão Europeia para o Banco do Estado regressar aos lucros e o Montepio parece estabilizado, mas a situação da associação mutualista ainda levanta dúvidas.

Mas também existem bons exemplos em jornais online como:
2015 um ano limpinho, limpinho  de Aurora A. C. Teixeira, Visão online.

Crime económico desvia 50.000 milhões por ano de Alexandre Panda do JN.

A importância da transparência: Partidos políticos, legislação e o ‘rating’ da nação  de Glória Teixeira, Visão online.

Será que as pessoas já pensaram que todos viveríamos bem melhor se a realidade fosse outra?
É fundamental colocar estas questões aos candidatos e reforçar estas denúncias publicas para que as coisas se alterem.
Sem assa tomada de consciência e repúdio firme do crime (seja o criminoso de que partido, ou associação, for) a impunidade desta gente só aumentará.
Está nas nossas mãos travá-los!