sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Portugal é um covil de ladrões!



Depois de ter visto ontem à noite na SIC Notícias o programa "Grande Reportagem" sobre o Banif
Parte 1Parte 2 e Parte 3   e hoje ter lido este artigo só me vem à cabeça uma pergunta.

Será que ninguém mete estes bandidos na cadeia?


https://jornalalerta.wordpress.com/2016/07/21/rombo-de-monteiro-atinge-1-200-milhoes-de-euros-na-ultima-semana/

Com a decisão do Tribunal Arbitral, que condenou o Estado a pagar 150 Milhões ao seu ex-consórcio, o rombo nas contas do Estado atinge um record de 1.200 Milhões de Euros, de acordo com os factos apurados na última semana. E ainda a procissão vai no adro…

O Público noticia hoje (21 de Julho de 2016) que o Tribunal Arbitral condenou o Estado português a pagar 150 Milhões de Euros ao consórcio Elos, por causa da anulação do TGV.

E se até aqui seria o “business as usual” do ex-governo PaF, o problema é que o concorrente que venceu o concurso público, o consórcio ELOS, tinha justamente como Administrador Financeiro… Sérgio Monteiro. Portanto, concorreu, venceu e contratualizou e depois, como governante, na qualidade de Secretário das Obras do Governo Passos/Portas, Monteiro anulou o concurso, obrigando agora o Estado a premiar o seu ex-consórcio com 150 Milhões de Euros.

A este valor acrescem mais 150 Milhões de Euros que o Estado, através da Parpública, ficou com o encargo de um SWAP muito mal explicado. Na verdade, o Estado, por ordem da então Ministra Maria Luís Albuquerque e tendo como Secretário das Obras, Sérgio Monteiro, resgatou o financiamento do consórcio privado ELOS, num total de 600 Milhões de Euros, tendo ficado também com os prejuízos do famoso SWAP.

Ainda esta semana, Monteiro fora apanhado noutra teia muita complexa. As tão propagandeadas renegociações das parcerias rodoviárias trouxeram um novo brinde para o privado. Com o argumento que a renegociação do contrato da A23 representaria uma poupança de 588 Milhões de Euros de encargos, foi feito mais um negócio ruinoso. E muito ruinoso!

Acontece que escondidas de rabo de fora estavam as receitas. Ou seja, enquanto anunciava uma quebra de 588 Milhões de Euros de encargos, o anterior governo escondia que entregou a receita de portagem ao privado com uma perda para o estado de 462 Milhões, de acordo com o Jornal de Notícias. As famosas “poupanças” nas renegociações das PPP feitas por Passos Coelho transformaram-se afinal em centenas de milhões de Euros de ganho para os privados e perca para o país.

No total das concessões, estima-se que as célebres renegociações tenham rendido ao privado, por via deste preciso expediente, o de anular alguns dos encargos, entregando-lhes as receitas, 462 Milhões de Euros.

O Alerta Jornal já tinha dado conta da investigação que o Ministério Público estará a realizar ao crédito mal parado da Caixa Geral de Depósitos. No caso concreto, a Concessão Douro Litoral, financiada por Sérgio Monteiro e que representa hoje uma exposição de 270 Milhões e um incumprimento de 180 Milhões, portanto, um buraco de 450 Milhões de Euros.

Em resumo, nas últimas semanas, é finalmente pública a parte dos estragos da responsabilidade do “negociador” do Novo Banco: 150 Milhões para o seu ex-consórcio (indemnização TGV), mais 150 Milhões da SWAP (TGV), mais 460 Milhões (renegociações), mais 450 (Douro Litoral). Sérgio Monteiro, concedendo, financiando, contratualizando, gerindo e depois renegociando e anulando os contratos, já custou ao erário público 1.200 Milhões de Euros.

Faltam agora os relatórios do Tribunal de Contas sobre a TAP e a ANA, para além do problema pendente de Cabo Verde que proíbe Sérgio Monteiro de contactar o arguido José Veiga, num processo muito escondido na Comunicação Social e que envolve Miguel Relvas.

Não despiciendo o facto do próprio Miguel Relvas ter nomeado Sérgio Monteiro como sucessor de Passos, em entrevista ao Expresso de Junho de 2015.

Com a sua soberba olímpica, Relvas rematou: “Tem feito um trabalho espetacular”.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Sobre o fraco desempenho macroeconómico da UE ou a estória de uma grande falácia

Muito se tem falado do desempenho medíocre da UE, e em particular da zona euro, mas será que faz sentido olhar para este espaço (que deveria ter políticas activas de coesão para os 28 estados) desse modo?

É que quando olhamos para os países que o compõem, e não para o conjunto da UE, verificamos uma realidade bem diferente no período de 2008 a 2014 (último ano de que a Pordata tem informação) em que sofremos, na pele, a explosão da crise do sector financeiro que depois se espalhou pela economia.

A estatística pode ter algumas perversidades, pois as médias são muito enganadoras, como se pode ver pela seguinte história.
"Num universo de duas pessoas, estatisticamente, o seu consumo per capita é de 1/2 frango, o que é bom, mas, a realidade, pode ser muito diferente da estatística pois uma delas pode comer o frango inteiro e a outra não comer nada, ou a primeira comer 3/4 do frango e a segunda apenas 1/4 e, apesar da desigualdade, a afirmação estatística continua intacta e"bonitinha"".

Infelizmente, para muitos milhões de europeus e até de alguns países, a sua realidade é a da parte mais perversa desta história.
Eis alguns dados  retirados, quase todos, da Pordata que podem ajudar a ver bem como tudo é muito diferente do que se fala nos media.

Podemos constatar isso através da evolução do PIB onde, entre 2008 e 2014, a ZE19 - Zona Euro (19 Países) aumentou 6,01%, a UE28 - União Europeia (28 Países) aumentou 7,31% mas atenção que 4 países tiveram uma variação superior a 15% enquanto que 6 tiveram uma variação negativa no mesmo período. Os restantes 18 tiveram uma performance medíocre ou miserável.

Também na dívida pública a assimetria, entre estados, salta à vista pois, entre 2008 e 2014, na ZE19 - Zona Euro (19 Países) ela aumentou 34,5%
, na UE28 - União Europeia (28 Países) aumentou 42,3%.
Em todos os países da UE a dívida pública aumentou, variando entre os 7,02%
de Malta e os 274,07% da Eslovénia.
Em 11 países da UE o aumento da dívida foi superior a 100% e, em mais 6 o aumento foi entre 50 e 100%.
Dos 13 países, que aderiram à UE desde 2004, 8 têm variações de dívida superiores a 100%.
Países como, a Alemanha, Bélgica, Áustria, Holanda, Suécia e França (grandes motores da economia europeia e que teriam a obrigação de promover a coesão entre estados) tiveram aumentos de dívida pública inferiores a 50%.
Curiosamente nesta lista em apenas em 2 países (que não pertencem à UE mas que têm acordos comerciais com ela) a dívida se reduziu. São eles a Suiça com -15,98% e a Noruega com -43,36%.

No que diz respeito à evolução da taxa de desemprego, apenas em 3 países (Alemanha, Hungria e Malta) ela diminuiu sendo que na Alemanha a quebra foi de -33,3%.
Na ZE19 - Zona Euro (19 Países) a variação foi de 52,0% e na UE28 - União Europeia (28 Países) o aumento foi de 44,3%.
Existem 12 países (sendo 9 da zona Euro) onde a variação da taxa de desemprego foi superior a 50% e desses, 7 têm variações superiores a 100% (pertencendo 4 à zona euro).

É útil lembrarmo-nos de que "o procedimento relativo aos défices excessivos é regulado pelo artigo 126.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia e apoia a secção PEC corrector da UE."
E ele diz o seguinte:
"Os países da UE devem demonstrar que suas finanças são sólidos e atender a dois critérios:
A) os seus défices orçamentais não pode exceder 3% do produto interno bruto (PIB);
B) sua dívida pública (dívida de governo e órgãos públicos) não pode exceder 60% do seu PIB."

Para também se ter a noção da "coerência, uniformidade e rigor" de critérios, com que as instituições europeias tratam os países membros é útil olhar para o histórico (de 1995 a 2014) dos saldos anuais, das contas públicas, dos países membros e a sua conjugação com as dívidas públicas.
Assim, em 2014:
A Áustria, Alemanha, Hungria, Itália, Malta, Países Baixos e a média da Zona Euro (19 Países) tinham uma dívida pública > 60% do seu PIB embora os défices estivessem abaixo dos 3%.
A  Bulgária, Finlândia e Polónia tinham os défices acima dos 3% e a própria
UE28 - União Europeia (28 Países) ficou na fronteira com 3% exactos.
Finalmente a Bélgica, Chipre, Espanha, França, Grécia, Croácia, Irlanda, Portugal, Eslovénia e Reino Unido não cumpriram nenhum dos critérios pois tinham divida pública > 60% do PIB e défice > 3%.
Quantos destes países estiveram sujeitos às multas por défice excessivo, e medidas adicionais, como foram os casos de Portugal e Grécia?
Objectivamente isto quer dizer que 91,49% do PIB da UE está com problemas de excesso de dívida, ou de défice e desses, 46,33% (do PIB da UE) têm problemas em ambos os sectores.

 Finalmente chegamos às consequência sociais destas políticas, ou seja, o aumento da desigualdade na distribuição do rendimento (S80/S20) .
Dos 28 países, da UE, apenas em 9 (sendo 6 deles da zona euro), e que representam 46,05% do PIB da UE,   o fosso entre os mais ricos, e os mais pobres, diminuiu.

Os 5 maiores PIB, da UE (Alemanha, Espanha, França, Itália e Reino Unido), onde estão 4 países da zona euro, representam 75,70% e 67,77% do PIB da zona euro e da UE respectivamente.
Em termos populacionais têm um peso de 50,2% e 62,9% da zona euro e da UE respectivamente.

% de variação, entre 2008 e 2014, destes itens nas 5 maiores economias da UE.
                 PIB       Div. Púb. Tx. Desemp (S80/S20)
Alemanha 13,49% 15,2%   -33,3%         6,3%
Espanha         -3,87% 152,0%   115,9%       21,4%
França          9,92% 40,4%     29,7%        -2,3%
Itália         -0,57% 29,4%     89,6%       11,5%
Reino Unido  6,22% 110,9%       8,9%        -8,9%

Neste quadro resumo podemos facilmente concluir que a Alemanha, sobretudo as suas elites financeiras, é quem mais tem lucrado com esta política pois, em época de crise, o seu PIB subiu razoavelmente, o desemprego desceu bastante, a dívida pública subiu alguma coisa e o fosso social também.
O mesmo já não se pode dizer dos restantes 4 países que têm todos, pelo menos, dois dos itens com grande degradação.
É a parte negra da rábula a chegar à Europa, onde há cada vez mais gente sem comer mas as estatísticas, vistas pela rama, não estão com muito mau aspecto.
Vamos ver até quando...   























sábado, 23 de abril de 2016

Estamos mesmo entregues aos bichos!

Vem na Revista Visão que "Maria Luís Albuquerque e Fernando Medina convidados para Bilderberg" 

Também não deixa de ser elucidativa a lista, de participantes portugueses, nos eventos anteriores. 
É importante também olhar para os lugares que ocupavam, na altura do convite, e os que vieram a ocupar a seguir à sua participação.
Há políticos (no governo e na oposição), banqueiros, empresários, gente dos media e até sindicalistas. 
Têm em comum o facto de todos estarem associados ao chamado "arco da governação".
E ainda falam da maçonaria? Coitados deles pois são autênticos escuteiros ao pé destes.

1983: Bernardino Gomes, Rogério Martins e José Luiz Gomes.                                                       1984: André Gonçalves Pereira e Rui Vilar.                                                                                       1985: Torres Couto e Ernâni Lopes.                                                                                                       1986: Leonardo Mathias e Artur S. Silva.                                                                                          1987: José Eduardo Moniz e Faria de Oliveira.                                                                                  1988: Vítor Constâncio e Lucas Pires.                                                                                                   1989: Rui Machete e Jorge Sampaio.                                                                                                   1990: João de Deus Pinheiro e António Guterres.                                                                                1991: Carlos Monjardino e Carlos Pimenta.                                                                                       1992: António Barreto e Roberto Carneiro.                                                                                        1993: Nuno Brederode Santos e Faria de Oliveira.                                                                             1994: Durão Barroso e Miguel Veiga.                                                                                                 1995: Mira Amaral e Maria Carrilho.                                                                                                     1996: Margarida Marante e António Vitorino.                                                                                   1997: António Borges e Galvão Teles.                                                                                                 1998: Vasco Pereira Coutinho, Marcelo Rebelo de Sousa e Miguel Horta e Costa.                          1999: Ferreira do Amaral, João Cravinho, Marçal Grilo, Vasco de Mello, Murteira Nabo, Ricardo Salgado, Jorge Sampaio, Artur S. Silva e Nicolau Santos.                                                                2000: Teresa Patrício Gouveia.                                                                                                         2001: Guilherme d'Oliveira Martins e Vasco Graça Moura.                                                              2002: António Borges e Elisa Ferreira.                                                                                               2003: Durão Barroso e Ferro Rodrigues.                                                                                            2004: P. Santana Lopes e José Sócrates.                                                                                            2005: Nuno Morais Sarmento, António Guterres e Durão Barroso.                                                   2006: Aguiar Branco e Augusto Santos Silva.                                                                                     2007: Leonor Beleza e Durão Barroso (não confirmado).                                                                2008: Rui Rio e António Costa.                                                                                                             2009: Manuela Ferreira Leite e Manuel Pinho.                                                                                 2010: Paulo Rangel e Teixeira dos Santos.                                                                                          2011: António Nogueira Leite e Clara Ferreira Alves.                                                                     2012: Luís Amado e Jorge Moreira da Silva.                                                                                   2013: Paulo Portas e António José Seguro.                                                                                        2014: Paulo Macedo e Inês de Medeiros
Como certamente não vão falar de futebol, moda, férias,  ou de banalidades é inaceitável (e ao mesmo tempo demonstrativo do poder e grau de impunidade) que políticos eleitos, ou nomeados, participem em reuniões onde sejam obrigados ao silêncio do que lá se passa!
Estranha democracia esta que, cada vez mais, se assemelha a um dos mandamentos do "Animal Far"m, do Orwell, " Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros".

sábado, 16 de abril de 2016

Está muita coisa estudada sobre a corrupção em Portugal. Agora é haver "vontade política" para avançar

GRECO (GRupo de Estados contra a COrrupção) foi criado, em 1999, pelo Conselho da Europa para acompanhar o cumprimento das normas anti-corrupção dos seus estados membros.

Num relatório, de 60 páginas, publicado em 10/02/2016 , GRECO faz 15 recomendações a Portugal com medidas tendentes a prevenir a corrupção em relação aos parlamentares, juízes e promotores com o objectivo de reforçar a sua integridade, responsabilidade e as regras de transparência.

No final o relatório diz:
Nos termos do artigo 30.2 do Regulamento de Processo, GRECO convida as autoridades de Portugal a apresentar um relatório sobre as medidas tomadas para implementar o acima mencionado recomendações até 30 de Junho de 2017.
Estas medidas serão avaliadas pelo GRECO através seu procedimento de específico de compliance.

De que estamos à espera?

sexta-feira, 15 de abril de 2016

E se eles se preocupassem com o que é importante?

Fernando Ulrich e Faria de Oliveira  estão muito preocupados com o que chamam a "sobreregulamentação que cria enormes problemas nos bancos, sobretudo nos mais pequenos", e com os supervisores, segundo eles, a falharem no sentido da proporcionalidade.
Mas estranhamente, ou talvez não, ficam calados perante a enorme lista de escândalos que, por todo o mundo (e com elevadíssimo impacto financeiro), vão sendo denunciados.

Vejamos então algumas notícias sobre fraudes no sector financeiro que saíram nos jornais:
Swiss Leaks 
"um gigantesco esquema de evasão fiscal alegadamente operado com o conhecimento e encorajamento do banco multinacional britânico HSBC através de sua subsidiária suíça, o HSBC Private Bank (Suisse). Os jornalistas revelaram que 180,6 bilhões de euros foram movimentados em contas mantidas no HSBC, em Genebra, por mais de 100.000 clientes e 20.000 empresas offshore, entre novembro de 2006 e março de 2007."

Offshore Leaks 
"Um consórcio de jornalistas de investigação de vários países teve acesso a 2,5 milhões de documentos que revelam os nomes dos beneficiários das empresas sedeadas em paraísos fiscais. Era então, em 2013, a maior fuga de informação de sempre do lado oculto do sistema financeiro, que esconde mais de 25 biliões de euros.".

Lux Leaks 
"Investigação a acordos entre o Luxemburgo e mais de 300 multinacionais para fugir aos impostos".

Panama Papers
"um escândalo de corrupção que foi descoberto através de 11,5 milhões de documentos."
“Mostra como uma indústria global de sociedades de advogados, empresas fiduciárias e grandes bancos vendem o segredo financeiro a políticos, burlões e traficantes de droga, bem como a multimilionários, celebridades e estrelas do desporto” https://www.dinheirovivo.pt/outras/afinal-o-que-e-o-panama-papers/#sthash.zozpf4YX.dpuf

"Maiores multinacionais americanas têm 1,4 biliões de dólares em paraísos fiscais"
https://www.publico.pt/economia/noticia/maiores-multinacionais-americanas-tem-12-bilioes-de-euros-em-paraisos-fiscais-1729054
"Deutsche Bank condenado a pagar coima recorde de 2,5 mil milhões de dólares e a demitir sete gestores".
"Standard & Poor’s paga 1,5 mil milhões de dólares por “ratings” fraudulentos". 
"Rabobank Escândalo da manipulação de taxas Libor tem mais dois acusados". 
"Sete grandes bancos mundiais acusados de manipular taxas de câmbio. Os visados são os bancos norte-americanos citigroup e jpmorgan chase, os britânicos barclays e royal bank of scotland, o alemão deutsche bank e os suíços ubs e credit suisse". 
"Bruxelas multa bancos em 1712 milhões por manipularem taxas de juro". HSBC é multado em R$ 67,5 milhões por espionar funcionários no Brasil - 12.02.2014 
"JPMorgan paga 2,6 mil milhões para resolver processo relativo a Madoff - 08.01.2014". 
"Johnson & Johnson paga multa de 1600 milhões para pôr fim a investigações de fraude - 05.11.2013".
 "JP Morgan Chase paga multa de 13.000 milhões de dólares por más práticas hipotecárias - 20.10.2013". 
"Acordo ultrajante com o HSBC prova que a guerra à droga é uma piada - 11.12.2012". 
"O Wachovia Bank faz lavagem para os carteis da droga - 19.12.2012". "Banco HSBC paga multa recorde por lavagem de dinheiro - 11.12.2012". 

A Comissão suíça para a Concorrência, Weko, abriu um inquérito a oito bancos por alegada manipulação das taxas de câmbio. Na mira estão o UBS, Crédit Suisse, Zuercher Kantonalbank, Julius Baer, JP Morgan, Citigroup, Barclays e Royal Bank of Scotland.
http://pt.euronews.com/2014/03/31/cambio-suica-investiga-oito-bancos/

JP Morgan, Barclays, Credit Suisse e outras dez instituições de crédito internacionais foram processadas judicialmente por um regulador de crédito norte-americano por manipulação da taxa Libor. 
http://www.dinheirovivo.pt/mercados/interior.aspx?content_id=3738837

Barclays alvo de coima de 26 milhões de libras por manipulação das cotações do ouro no Reino Unido em Junho de 2012.
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/barclays_multado_em_26_milhoes_de_libras_por_manipulacao_das_cotacoes_do_ouro.html

Mesas de câmbio de grandes bancos são alvo de investigação
http://online.wsj.com/article/SB10001424052702303471004579166220863852800.html

Japão investiga os três maiores bancos do país
Escândalo de financiamento de crime organizado está no cerne da investigação
http://www.tvi24.iol.pt/503/economia---negocios/japao-investigacao-crime-organizado/1504545-6379.html

EUA incentivam bancos suíços a colaborar com investigações fiscais
http://www.efe.com/efe/noticias/portugal/economia/eua-incentivam-bancos-sui-colaborar-com-investiga-fiscais/6/62019/2116017

JPMorgan revela investigações sobre manipulação do câmbio
http://www.jornalacidade.com.br/politica/NOT,0,0,896104,JPMorgan+revela+investigacoes+sobre+manipulacao+do+cambio.aspx

VÁRIOS BANCOS ENVOLVIDOS NA INVESTIGAÇÃO DE UM POSSÍVEL GOLPE MUNDIAL!
http://osbastidoresdoplaneta.wordpress.com/2013/10/17/varios-bancos-envolvidos-na-investigacao-de-um-possivel-golpe-mundial/

Vaticano "perplexo" com investigação ao seu banco
http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1667915&seccao=Europa

Também será interessante vermos estas duas notícias.
https://www.publico.pt/mundo/noticia/com-os-eua-nao-seria-dificil-darmos-um-salto-na-etica-em-materia-de-impostos-1728219
http://fraudes.no.sapo.pt/fraudes%20financeiras%20e%20comerciais.htm

São crimes, atrás de crimes, todos "negociados" pagando coimas elevadíssimas (do tipo bula na idade média) para evitar as idas a tribunal e as condenações.
No final são sempre "cidadãos acima de qualquer suspeita" porque os políticos corruptos adaptam as leis para os branquearem!
Sem economia paralela, corrupção, nem casos como o BPN, BPP, BES/GES e afins, Portugal não teria dívida pública explosiva e teria um padrão de vida ao nível do da Finlândia. 
Quando é que as pessoas, jornalistas incluídos, acordam para exigir o controle e responsabilização efectivos desta gente?
Stop gamanço já!

quarta-feira, 13 de abril de 2016

O crédito malparado em Portugal

 


Jornal de Negócios publicou uns gráficos muito esclarecedores (mas com gralhas que precisam de ser rectificadas) sobre a evolução do crédito mal parado, em Portugal, entre Dezembro de 2010 e Janeiro de 2016 inclusive.

Em termos percentuais uma evolução de 3.40% para 8.84% corresponde a um aumento de 2,6 vezes e se virmos, em valor absoluto, um aumento de 4.500 milhões de euros para 18.000 corresponde a um aumento de 4 vezes.Qualquer deles, como se vê, está bastante acima do dobro como o título indica.
 












 Também é interessante vermos que quase 70% do crédito mal parado é das empresas e que desse, cerca de metade, tem a ver coms os sectores da construção e do imobiliário.
Será que não tem nada a ver, com esta realidade, o facto de as grandes construtoras terem sido, durante décadas, accionistas estratégicas dos bancos?
Será que isso não levou a que, esta parceria (construtoras/bancos),pressionasse o poder político a legislar de molde a forçar as pessoas a terem de comprar casas, já que nada foi feito para incentivar o mercado de arrendamento, levando-as a contrair empréstimos a 30, 35, 40 e até 50 anos (que representam quase 90% do do total dos empréstimos dos particulares)  fazendo com isso que os bancos(e seus accionistas) ganhassem biliões nestas décadas?
Foi esta captura de riqueza, em investimentos não produtivos, que colocou o país neste estado.
Os portugueses não viveram acima das suas possibilidades.
Os portugueses foram, isso sim, empurrados para becos sem saída, por gente gananciosa que os empurrou e agora, ainda por cima, os faz pagar quando foram as vítimas. 













sexta-feira, 8 de abril de 2016

Para onde vão os portugueses qualificados? Será que querem voltar?

O Expressoemprego publicou um estudo onde, a dada altura, se afirma
"Os portugueses que emigraram segundo a “radiografia” nacional realiza pela Hays à emigração Portuguesa, a maioria dos profissionais qualificados que nos últimos cinco anos rumaram aos estrangeiro foram homens (74%), com idades compreendidas entre os 31 e os 50 anos, e formação nas áreas da Contabilidade e Finanças (21%), Engenharia (12%), Indústria e Produção (10%) e Tecnologias de Informação (9%)."

Portugal foi sangrado de conhecimento nas áreas mais importantes, para a economia, e nada fez para inverter essa situação. 

O estudo diz ainda que
"A maioria dos profissionais saiu de Portugal há mais de três e menos de cinco e 82% manifestam, segundo o estudo, vontade de regressar."

Indica também oTop 20 de países preferidos para emigrar
Reino Unido - 60%
Espanha - 49%
Estados Unidos da América - 36%
Suíça - 35%
Alemanha - 30%
Holanda - 29%
Dinamarca - 27%
França - 27%
Suécia - 26%
Austrália - 25%
Brasil - 25%
Itália - 25%
Noruega - 24%
Canadá - 22%
Irlanda - 22%
Luxemburgo - 22%
Bélgica - 19%
Finlândia - 16%
Nova Zelândia - 16%
Emirados Árabes Unidos - 15%

O artigo refere ainda que:
 “o facto destes profissionais trabalharem em áreas com uma boa dinâmica de criação de emprego em Portugal, como a das Tecnologias de Informação ou a Engenharia, coloca algumas questões sobre a nossa capacidade nacional de atrair, reconhecer e premiar talento em funções tão procuradas e necessárias no actual mercado de trabalho português

Não fará sentido iniciativas, e estudos, como estes serem discutidos na concertação social para que, de uma vez por todas, se acabe com as políticas de baixos salários?
 
Fontes:
Guia do Mercado Laboral Hays 2016
http://portugalarecrutar.expressoemprego.pt/artigo/para-onde-vao-os-portugueses-qualificados/4043

segunda-feira, 4 de abril de 2016

ICIJ denuncia esquemas de crime e corrupção no mundo inteiro

O Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (International Consortium of Investigative Journalists, ICIJ) é uma organização, sem fins lucrativos, composta por uma rede de mais de 190 jornalistas que, em mais de 65 países, colaboram, entre si, em jornalismo de investigação.

Foram eles os responsáveis, no final de 2014, pela denuncia do LUX LEAKS um esquema montado entre o governo do Luxemburgo e 340 multinacionais  que representaram uma fuga ao fisco, de muitos milhares de milhões de euros, em muitos países.

Denunciam agora, como o Expresso informa , esquemas de crime e corrupção no mundo inteiro.
"Milhões de documentos mostram como chefes de Estado, criminosos e celebridades usam paraísos fiscais para esconder dinheiro e património."

 Uma fuga enorme de documentos (11,5 milhões de ficheiros) expõe companhias offshore ligadas a doze, antigos e atuais, líderes mundiais, e revela como pessoas próximas do presidente russo Vladimir Putin desviaram dois mil milhões de dólares através de bancos e empresas fantasma.

O acervo mostra como uma indústria global de sociedades de advogados, empresas fiduciárias e grandes bancos vendem o segredo financeiro a políticos, burlões e traficantes de droga, bem como a multimilionários, celebridades e estrelas do desporto.

Os ficheiros relevam a existência de empresas offshore controladas pelos primeiros-ministros da Islândia e do Paquistão, o rei da Arábia Saudita e os filhos do presidente do Azerbeijão.
Incluem também pelo menos 33 pessoas e empresas que constam numa lista negra da administração norte-americana por se envolverem em negócios com os patrões da droga mexicanos, organizações terroristas como o Hezbollah ou países como a Coreia do Norte e o Irão.
Mencionam empresas offshore ligadas à família do presidente da China, Xi Jinping, do presidente ucraniano Petro Poroshenko, do pai do primeiro-ministro britânico David Cameron, do primeiro-ministro Sigmundur David Gunnlaugsson e a a sua mulher, um homem, condenado por lavagem de dinheiro, que afirma ter realizado uma campanha de fundos ilegal que juntou 50 mil dólares usados para pagar aos assaltantes de Watergate; 29 multimilionários da lista da “Forbes”, o actor Jackie Chan,  o antigo vice-presidente da FIFA Eugenio Figueredo, bem como Hugo e Mariano Jinkis, a equipa pai-filho acusada de pagar subornos para ganhar os direitos de transmissão de eventos futebolísticos na América Latina, o futebolista Lionel Messi e muitos outros.  

Os documentos também tornam claro que os grandes bancos estão por detrás da criação de companhias fantasma difíceis de detetar nas Ilhas Virgens britânicas, no Panamá e outros paraísos fiscais. Os ficheiros listam mais de 15.600 empresas fictícias que os bancos criaram para clientes que querem manter escondidas as suas finanças, incluindo algumas milhares de companhias criadas pelos gigantes internacionais UBS e HSBC."

Denúncias como estas são vitais para que se ganhe consciência de que é urgente exigir dos políticos mais transparência nos negócios públicos, medidas anti fraude eficazes e o fim desta internacional criminosa que arruína o mundo!

Apoiem o ICIJ e todos aqueles que denunciem estas práticas!
Ou alguém ainda duvida que é preciso controlar a ganância desmedida desta gente?



segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Eles comem tudo e não deixam nada!

Vem no Jornal I de ontem que as dívidas ao fisco ultrapassaram 6,5 mil milhões em 2015.
Estranhamente ninguém fala das dívidas à Segurança Social e até o Ministério de Mota Soares assume que não cumpre a lei da publicação da lista desde Agosto de 2013, justificando com “dificuldades de actualização” dos devedores.
http://economico.sapo.pt/noticias/governo-deixa-cair-lista-de-devedores-a-seguranca-social_221115.html

E agora se a isto juntarmos o facto de o estado ter atribuído, entre 2010 e 2014 (5 anos), 68.959
benefícios fiscais que totalizaram 5.560.615.347,63 € e que deste enorme bolo (que saiu dos nossos bolsos) 559 desses benefícios (0,811% do total) totalizavam 3.799.509.319,14 € (68,329% do total do dinheiro) pois todos eram superiores a 1 milhão de euros. 
http://info.portaldasfinancas.gov.pt/pt/dgci/divulgacao/estatisticas/Estatisticas+-+contribuintes+com+benef%C3%ADcios+fiscais.htm

Se também se juntarmos os apoios públicos ao sector financeiro “O Estado gastou em apoios públicos ao setor financeiro 11.822 milhões de euros entre 2008 e 2014, tendo o ES/Novo Banco representado 40% dos gastos com a banca, de acordo a Conta Geral do Estado de 2014.”
http://www.rtp.pt/noticias/economia/estado-gasta-quase-12-mil-milhoes-de-euros-com-setor-financeiro-entre-2008-e-2014_n883268

Mas atenção que aqui ainda não entra a última bronca do Banif “Fatura com o Banif é, para já, de 2,6 mil milhões de euros, mas este valor pode chegar a 3,8 mil milhões.”
http://observador.pt/2015/12/22/fatura-banif-26-mil-milhoes-ja/

E a cereja no topo deste venenoso bolo é o facto de a economia paralela, em Portugal, representar 26,81% do PIB oficial correspondendo a 45.901 milhões de euros em 2013.
http://www.publico.pt/economia/noticia/a-economia-paralela-em-portugal-1694348

É com esta realidade, criminosa e sufocante para a generalidade das pessoas, que é preciso acabar. 
Isto não é por desconhecimento pois, como se vê nos links, a informação é pública.
O problema é que muitos governantes, e deputados, estão ao serviço destes abutres.
Os tais que diziam que "vivemos acima das nossas possibilidades" ou “que não há dinheiro e é preciso reduzir os apoios sociais” e nada fizeram para destruir este cancro da corrupção e compadrio.
Esta gente, e os que sempre os apoiaram (como Marcelo Rebelo de Sousa) tem que ser afastada para que o país possa crescer de um modo saudável. 

domingo, 3 de janeiro de 2016

É preciso acabar com a impunidade e exigir mais controlo dos vigaristas!

Decididamente já cansa ouvir falar, políticos, reguladores e alguns comentadores, da necessidade de controlar o cancro da corrupção e do compadrio em Portugal, e no mundo, sem quase nada fazerem!
Existem já muitas denúncias públicas deste tipo de escândalos que as pessoas têm que conhecer.
Eis alguns exemplos recentes:
Programas na SIC Notícias - Negócios da Semana Edições de:
09/12/2015 onde José Gomes Ferreira entrevista José Azevedo Pereira, Consultor e Professor do ISEG. Temas: Aumento dos Impostos;Informatização da administração fiscal; E-faturas; Os casos de prepotência do Fisco sobre os pequenos e os que não podem escapar continuam a marcar a actualidade; Algumas corporações e interesses mais poderosos conseguem sempre algum tipo de benefício ou de isenção. A fuga de capitais para o exterior para escapar aos impostos e apagar o rasto de corrupção.
30/12/2015  onde o mesmo apresentador está em debate com: Cristina Ferreira, Jornalista do Jornal Público; Isabel Vicente, Jornalista do Jornal Expresso; João Duque, Economista/Professor do ISEG e Gustavo Sampaio, Jornalista/Escritor. Tema: A banca portuguesa: o Banif que exige aos contribuintes um esforço de 2.400 milhões de euros; a perda quase total de dois mil milhões de euros em divida sénior que estava no Novo Banco e foi devolvida ao BES; a necessidade de reforço de capital da Caixa Geral de Depósitos, com despedimentos prováveis e a pressão da Comissão Europeia para o Banco do Estado regressar aos lucros e o Montepio parece estabilizado, mas a situação da associação mutualista ainda levanta dúvidas.

Mas também existem bons exemplos em jornais online como:
2015 um ano limpinho, limpinho  de Aurora A. C. Teixeira, Visão online.

Crime económico desvia 50.000 milhões por ano de Alexandre Panda do JN.

A importância da transparência: Partidos políticos, legislação e o ‘rating’ da nação  de Glória Teixeira, Visão online.

Será que as pessoas já pensaram que todos viveríamos bem melhor se a realidade fosse outra?
É fundamental colocar estas questões aos candidatos e reforçar estas denúncias publicas para que as coisas se alterem.
Sem assa tomada de consciência e repúdio firme do crime (seja o criminoso de que partido, ou associação, for) a impunidade desta gente só aumentará.
Está nas nossas mãos travá-los!