segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Por cá, foi o PS que governou desde 2011?


Grande análise de Nicolau Santos hoje no Expresso curto.
Boa denúncia da continuação da estranha política de alianças, de há quatro anos atrás, em que o inimigo principal sempre foi o PS e nunca a coligação protofascista (PSD/CDS).
O PCP tem muito que explicar o seu comportamento traidor aos trabalhadores!

Início do excerto do artigo
"Por cá, alguém que não conhecesse o país suporia que foi o PS que esteve no Governo nos últimos quatro anos. Da direita à esquerda só se discute o PS, o programa do PS, as promessas do PS, os cortes na segurança social do PS, o acordo da troika que o PS assinou, o plano secreto que o PS tem para se aliar à CDU e ao BE para não deixar o centro-direita governar. A coligação Portugal à Frente acusa o PS de criar instabilidade e insegurança, a CDU e o BE acusam o PS de subscrever as políticas da direita.

E ninguém debate os últimos quatro anosos 485 mil emigrantes que vão de engenheiros, economistas e médicos a investigadores, enfermeiros e bombeiros, os cortes nos salários da Função Pública e nas pensões dos reformados, a desmotivação completa dos funcionários públicos, o desemprego, o emprego que está a ser criado (90% é precário), os 50% de portugueses que ganham menos de 8000 euros por ano, o facto de estarmos a trabalhar mais 200 horas por ano e a ganhar em média menos 300 euros, o descalabro na educação (com o silêncio ensurdecedor de Mário Nogueira e da FESAP, ao contrário do que aconteceu quando Maria de Lurdes Rodrigues era ministra da Educação), a miséria que se vive no Serviço Nacional de Saúde (onde muitos profissionais são obrigados a comprar luvas ou a fazer garrotes com material improvisado), os medicamentos que faltam nas farmácias e só estão disponíveis daí a dois dias, a machadada que levou a ciência e investigação, os problemas que se continuam a verificar na justiça, a inexistência de respostas ao envelhecimento da população (em 2014 já havia mais de 4000 pessoas acima dos 100 anos em Portugal e há 595 mil portugueses com mais de 80 anos), a irrelevância do ministro dos Negócios Estrangeiros, a fragilidade da ministra da Administração Interna, as múltiplas garantias de Passos Coelho que foram sempre desmentidas por decisões do próprio Passos Coelho,o programa da coligação que não se discute porque não existe, etc, etc.

Ora, é tudo passado. Como disse Passos Coelho, «felizmente conseguimos ultrapassar a situação de emergência financeira que trouxe uma crise que nós resolvemos. Fizemos muito para poder chegar a este momento e os sacrifícios que fizemos valeram a pena.Já não temos necessidade de vos pedir um contributo adicional. Já não temos nenhuma medida restritiva nas pensões». Pronto, a crise está resolvida e agora é sempre a alargar o cinto.

Por isso, o líder da coligação Portugal à Frente pede agora aos eleitores «uma maioria boa, uma maioria grande» e diz que «quando temos necessidade de qualificar maiorias, alguma coisa esta errada. Estou a referir-me a um governo estável que tenha apoio no Parlamento para evitar que daqui a nove meses tenha de haver eleições», disse, esclarecendo porque não pede uma maioria absoluta. «O que nós queremos não é o absoluto, é estabilidade para governar».


Além disso, «nestes quatro anos tentei sempre um espaço de compromisso, de diálogo, com a oposição». Mas infelizmente «é a oposição a dizer que não dará condições para o país ser governado» e «os portugueses têm de julgar isso». Em qualquer caso, avisa: «Andamos com a alma cheia mas não andamos com o rei na barriga. Nós sabemos que as eleições se ganham a 4 de outubro»."
Fim do excerto do artigo

Como se vê a lata desta gente não tem limites!
Têm que ser varridos do poder, antes que acabem com tudo o que o estado tem, e o vendam ao desbarato aos amigos e financiadores.
Com esta gente o futuro dos portugueses é a escravatura ou a emigração!



domingo, 27 de setembro de 2015

Ode ao "adorado líder" ou a anedota do ano

Há que ler, com atenção, este artigo de opinião que saiu no Público, para vermos como os media, que suportam o governo PSD/CDS, pretendem dar estatuto de grande e visionário líder a Passos Coelho e, ao mesmo tempo branquear a sua política socialmente criminosa destes últimos quatro anos.
O texto é bajulador, reescreve a história e, as fotografias que o suportam estão ao melhor estilo maoista.

O HOMEM QUE UNIU A DIREITA?
Esta, se não tivesse arrasado o nosso povo, era mesmo para rir.
Até Vítor Gaspar ir embora Passos Coelho nem riscava e a prova é que só depois disso as chantagens baratas do Portas surtiram efeito.
Passos faz, isso sim, lembrar (em versão negra) o Ray do filme do Woody Allen  Small Time Crooks (pt: Vigaristas de Bairro)
Leiam o Trailler e vejam se Passos Coelho está mais próximo de Ray ou do tal "homem que uniu a direita"
"Ray giza um plano para assaltar um banco em conjunto com outros vigaristas do bairro. Para isso, alugam uma casa ao lado do banco, montando um pequeno negócio de bolachas caseiras para não dar nas vistas, enquanto vão cavando um túnel para chegar à caixa-forte do banco. O plano sai furado, mas o negócio paralelo das bolachas tem um imenso êxito e, num ano, a família Winkler consegue ficar rica.
No entanto, toda a alta sociedade nova-iorquina olha para aquela família com desdém e sobranceria e todas as tentativas de Frenchy para se cultivar são infrutíferas."
Além disso Ray Winkler não consegue deixar a sua vida de vigarista de bairro...