domingo, 30 de março de 2014

A realidade social na Europa é tão, ou mais, assustadora do que a portuguesa...

Que outra conclusão se pode retirar do recente relatório da "EAPN – Rede Europeia Anti-Pobreza/ Portugal" com os "Indicadores sobre a pobreza
Dados Europeus e Nacionais" onde se afirmam coisas como estas?

"  Em 2012, 24.8% da população europeia (aproximadamente 124.5 milhões de pessoas na Eu-28) era considerada como estando em risco de pobreza e/ou exclusão social"

"Continuam a ser as crianças o grupo mais vulnerável a situações de pobreza ou exclusão social."

"são as famílias monoparentais com filhos a cargo (49.8%) que estão em maior risco de pobreza ou exclusão social, logo seguidos das pessoas solteiras (34.5%) e pelos agregados formados por 2 adultos e 3 ou mais crianças dependentes (30.8%)."

"Em 2012, 9.9% da população da UE foi considerada como estando em situação de privação material severa."

"Em 2012, 17% da população da UE27 encontrava-se em risco de pobreza isto é, com rendimentos inferiores ao limiar de 60% do rendimento mediano equivalente. Em Portugal essa taxa foi de 17.9%."

"A taxa de desemprego em Outubro de 2013 para a UE28 de 10.9% e que se traduz em 26 654 milhões de homens e mulheres sem emprego. Em Portugal essa taxa foi de 15.7% em Outubro de 2013." 

Enquanto estes dramas humanos terríveis assolam a Europa, e mais violentamente ainda o nosso país, os nosso governantes Passos Coelho, Paulo Portas e Cavaco Silva (o eterna muleta política destes radicais de direita) brincam às "saídas limpas" em vez de terem políticas de desenvolvimento da nossa economia.

É por isso que esta gente, em Portugal e na Europa, tem que ser afastada o mais rápido possível!

A abstenção só lhes dará poder...
    
Fonte para quem quiser ler o documento na íntegra. 

quinta-feira, 27 de março de 2014

Também tu Stiglitz?

Então não é que este "nabo" que (certamente não por acaso) foi Nobel da Economia em 2001 também defende  a restruturação (profunda note-se bem) da divida pública portuguesa e criticou violentamente a política da Troika!

Depois de, na semana passada, 74 economistas estrangeiros apoiaram o manifesto dos 70 portugueses que, sendo de todos quadrantes políticos, se uniram para propor soluções de fundo para a saída da crise portuguesa que, segundo eles, também passam pela restruturação da nossa divida pública, veio logo o " triunvirato nacional" (Passos, Portas e Cavaco) dizer que esse apoio era irrelevante.

Entre estes "irrelevantes" (segundo Passos Coelho) encontram-se nomes como o de José Antonio Ocampo, antigo ministro das finanças da Colômbia e secretário-geral adjunto das Nações Unidas, actualmente consultor da ONU e do Independetn Evaluation Office do FMI, além de Stephany Griffith-Jones, responsável pela apresentação do relatório sobre regulação financeira global na última reunião dos ministros das finanças da Commonwealth.

O dinamarquês Beng-Ake Lundvall, secretário-geral de Globelics e perito do Banco Mundial é também uma das personalidades que integra o manifesto internacional que o Público teve acesso, um conhecedor da realidade do país, já que foi consultor do Governo português na última presidência na União Europeia e um grande especialista mundial em economia da inovação.

Outro "nabo" é Mark Blyth professor da universidade de Brown, nos EUA, autor do livro "Austeridade - A história da uma ideia perigosa" que foi considerado, pelo Finantial Times, como o melhor livro de 2013.

Se tanta gente desta defende este caminho não fará sentido discutir isto sem provocações e demagogias?

Portugal é importante demais, para nós portugueses, para se descurarem opções!


Com este ministro da saúde é inevitável a ruptura!

Basta ver o que os especialistas Em equipamento pesado para a oncologia, nomeados pelo governo, concluíram em relação ao parque nacional.

As carências de equipamentos são imensas, face ao universo explosivo de pacientes.

Mas a situação fica ainda mais grave quando se tem em consideração que uma boa parte do equipamento já ultrapassou o prazo de validade e pode deixar de ter manutenção pelos fabricantes.

O relatório salienta como exemplo os aceleradores lineares, equipamentos utilizados nos tratamentos de radioterapia externa. Em vez dos 60 considerados necessários (face ao número de doentes com cancro em Portugal), há somente 45.

Segundo os peritos, Portugal tem 241 equipamentos pesados, dos quais 223 estão em unidades do Serviço Nacional de Saúde, em especial na região Norte.

uma grande parte dos dispositivos está prestes a atingir o prazo de vida útil. Traçando como referencial um prazo máximo de 12 anos, serão 30 os equipamentos a expirar este ano.

Em conclusão: “este facto é ainda mais gravoso se atentarmos que estes equipamentos estão ainda em atividade e, portanto, são efetivas para a produção nos serviços em que estão instaladas”.



segunda-feira, 24 de março de 2014

Grande poeta é o povo!

Um amigo meu enviou-me este poema popular.

Gostei tanto da sua crueza, verdade e simplicidade que não resisti a coloca-lo aqui!

Cortador de profissão

Chamo-me Passos Coelho,
Cortador de profissão.
Corto ao jovem, corto ao velho,
Corto salário e pensão.
Corto subsídios, reformas,
Corto na saúde e na educação.
Corto regras, leis e normas,
E cago na Constituição.

Corto ao escorreito e ao torto,
Fecho repartições, tribunais,
Corto bem-estar e conforto,
Corto aos filhos, corto aos pais.
Corto ao público e ao privado,
Aos independentes e liberais.
Mas é aos agentes do Estado
Que gosto de cortar mais.

Corto regalias, corto segurança,
Corto direitos conquistados,
Corto expectativas, esperança,
Dias santos e feriados.
Corto ao polícia, ao bombeiro,
Ao professor, ao soldado.
Corto ao médico, ao enfermeiro,
Corto ao desempregado.

No corte sou viciado,
A cortar sou campeão,
Mas na gordura do Estado,
Descansem, não corto, não.
Eu corto
a Bem da Nação

domingo, 23 de março de 2014

É por aqui que passa a resolução da crise!

Recentemente a Comissão Europeia passou a publicar, de dois em dois anos, relatórios sobre a corrupção na UE.

O referido relatório, que para além da avaliação a nível global da UE também contém informações ao nível dos países, começa assim: 


"Corruption continues to be a challenge for Europe - a phenomenon that costs the European economy around 120 billion euros per year. 

EU member countries have taken many initiatives in recent years, but the results are uneven and more should be done to prevent and punish corruption.
Europeans are deeply worried about corruption - Eurobarometer survey results show that three quarters (76%) of Europeans think that corruption is widespread and more than half (56%) think that the level of corruption in their country has increased over the past three years."
Quanto à parte que diz respeito a Portugal (que não sai nada bem nesta fotografia) podemos ver o seguinte :
Indicadores econômicos 
PIB per capita (2012) -                                             19 200 EUR 
PIB a preços correntes de mercado.  165.1 mil milhões de EUR
Economia paralela (estimativa.  2013)   19.0% do PIB 

Contratos públicos (2011)
Despesas públicas em obras, bens e serviços (estimativa 2010, reutilizada 2011).             33.75 mil milhões de EUR
Despesas totais em obras, bens e serviços. 19.7% do PIB.  

Depois também encontramos uma interessante informação,de 13 páginas, referente a Portugal de onde se pode realçar:

Inquéritos de opinião.
No Eurobarómetro especial de 2013 sobre a corrupção8, 90 % dos inquiridos portugueses consideravam que a corrupção é um problema generalizado do país (média da UE: 76 %), enquanto 72 % consideravam que piorara nos últimos três anos.
36 % dos inquiridos portugueses afirmam ser pessoalmente afetados pela corrupção na vida quotidiana (média da UE: 26 %). Em 2011, os portugueses consideraram que a corrupção era um dos principais problemas que afetavam as instituições democráticas.

Experiência de corrupção. 
A experiência direta de subornos de pequeno montante é rara, visto que menos de 1 % da população geral (média da UE: 4 %) e dos representantes de empresas admitiram que lhes tivesse sido pedido ou que se esperasse que pagassem um suborno em certos setores específicos10.
Portugal tem resultados acima da média da UE relativamente ao número de cidadãos que declaram ter experiência ou ter sido testemunhas de corrupção.

Inquéritos às empresas. 
Segundo um inquérito Eurobarómetro de 2013, 68 % das empresas em Portugal (a segunda maior percentagem da UE) consideram que a corrupção constitui um obstáculo à atividade empresarial no país (média da UE: 43 %)12. 87 % dos inquiridos do mesmo inquérito afirmaram que o favoritismo e a corrupção prejudicam a concorrência entre empresas (média da UE: 73 %), enquanto 79 % afirmaram que os subornos e o recurso a conhecimentos é muitas vezes a maneira mais fácil de obter certos serviços públicos (média da UE: 69 %) e 76 % (maior percentagem da UE) afirmaram que a única forma de ter êxito nos negócios é através de ligações políticas (média da UE: 47 %).

Ainda coloca questões, e propõe iniciativas, para as seguintes áreas:

Setor privado.
Privatizações.
Denúncia de irregularidades. 

Transparência da atividade dos lóbis. 

Financiamento dos partidos políticos.
Conflitos de interesses e declaração do património.

Contratos públicos.

Planeamento urbano. 

Em jeito de conclusão afirma-se que:


Não existe qualquer estratégia nacional de combate a este fenómeno. 

A repressão penal efetiva de casos de corrupção complexos e de alto nível continua a ser um desafio. 

Apesar de alguns progressos realizados no que respeita ao controlo do financiamento dos partidos, podem ser tomadas medidas adicionais para apoiar as políticas de reforço da integridade dos funcionários eleitos. 

Os setores do planeamento urbano e da construção continuam a ser dos mais vulneráveis à corrupção.

No que se refere às privatizações, foram já tomadas algumas medidas para aumentar a transparência e mitigar os riscos de corrupção, mas poderiam ser envidados mais esforços para criar garantias de reforço da luta contra a corrupção. 

 













quarta-feira, 19 de março de 2014

Portugal não é para os portugueses!



Numa iniciativa particularmente interessante, não só pelo tema mas também, pelo momento em que é levada a cabo, o ISCTE organizou o Fórum das Políticas Públicas 2014 sobre política orçamental. 


Conseguiu reunir, num mesmo painel, Bagão Félix, Vítor Gaspar, Manuela Ferreira Leite e Fernando Teixeira dos Santos que foram, nem mais nem menos, do que os nossos ministros das Finanças entre 2012 e parte de 2013.


E aqui aparecem intervenções Interessantes como a de Bagão Felix   que  defendeu a inscrição na Constituição de "limites à pressão fiscal em função do PIB" e afirmou que a redução da divida a que Portugal está obrigado é impossível de cumprir!


Por outro lado Manuela Ferreira Leite  perguntou

“Queremos um país de pobres, sem jovens e sem futuro? 
Se não é isto que queremos alguma coisa está mal”
E mais tarde avisou que a discussão sobre o futuro não se pode limitar às regras. 
Até porque, segundo Manuela Ferreira Leite, é “mais apelativo violar certas regras” do que ter um País onde só existem “pobres e velhos mendigos”.

Mas interessante mesmo foi o facto de os quatro ex ministros das finanças, com Vítor Gaspar incluído, defenderem que a saída limpa do Passos e do Portas é uma treta e que seguro mesmo é o plano cautelar. 

ACORDEM PORTUGUESES E VOTEM!

MAS NUNCA NESTA GENTE!

terça-feira, 18 de março de 2014

De sucesso, em sucesso, até ao descalabro total!

Nestes últimos tempos a palavra de ordem no governo, nos media que lhe são afectos e nos meandros da Troika é:
Portugal vai ter uma saída limpa!
O ajustamento foi um sucesso!

Mas infelizmente para os portugueses que têm sentido a crise na pele, cada vez mais gente, pensa que as coisas correram mesmo muito mal (sendo muitos deles próximos, ou militantes mesmo, dos partidos do governo) como se vê com o recente manifesto dos 70 (que tantos ódios gerou nas hostes pró governo) ou ainda O presidente da Partex António Costa e Silva que, num debate do Fórum das Políticas Públicas, afirmou que "o país que temos no fim do ajustamento é um país em escombros" e que "a saída limpa é eleitoralista".

Outro insuspeito militante do PSD, e ex ministro de Cavaco,  Silva Peneda que actualmente é o presidente do CES (conselho econômico e social) considerou, no mesmo evento, que o sucesso do programa de justamente financeiro não corresponde à verdade. 

Se nos esperam, com esta política, dezenas de anos de empobrecimento alguém acredita que isso será possível em democracia?

Aceitarmos isto é abdicarmos de nós e dos nosso filhos!

É isso que está gente, dos mais variados quadrantes, está a dizer e que tem colocado os falcões, e seus jagunços, em pânico!

Está na nossa mão evitar o desastre!
Votar! Votar esmagadoramente! Mas não nesta gente!

sábado, 15 de março de 2014

Pelos vistos o Manifesto dos 70 é tão irrelevante como um tsunami político!

Li, na SIC Notícias, um artigo do José Gomes Ferreira cujo título, "Carta a uma Geração Errada", e algumas passagens (de onde destaco apenas as duas seguintes) merecem o meu mais profundo repúdio pois são de uma intolerância absolutamente inusitada!

"Que tal deixarem para a geração seguinte a tarefa de resolver os problemas gravíssimos que vocês lhes deixaram? 
É que as vossas propostas já não resolvem, só agravam os problemas. 
Que tal darem lugar aos mais novos?"

"Vi, ouvi, li, e não queria acreditar. 
70 das mais importantes personalidades do país, parte substancial da nossa elite, veio propor que se diga aos credores internacionais..."

Estive completamente de acordo com o José Gomes Ferreira quando ele afirmou que, antes de ser jornalista é cidadão.

Também defendo que é legítimo e saudável ter, e manifestar publicamente, opiniões divergentes.

O que já não aceito são atitudes paternalistas e cheias de arrogância que só têm como objectivo denegrir a capacidade, o o prestígio, de outros ( que neste caso sabemos serem até mais elevadas do que as dele ) só porque apresentam propostas para o futuro do país com que ele não concorda.

Nesse sentido, este artigo, em tudo contradiz as posturas anteriores do seu autor.

José Gomes Ferreira até tem a possibilidade de debater publicamente, com os especialistas que subscreveram o documento ( como por ex Manuela Ferreira leite, Bagão Felix, Francisco Louçã, Manuela Arcanjo ou Silva Lopes, entre outros) o que seria muito interessante para o país mas que certamente não acontecerá pois ao governo, e seus apoiantes, e se calhar ao próprio José Gomes Ferreira, isso não interessa.

A relevância das propostas vê-se pelas reacções que suscita, e esta, por mais que os seus adversários a queiram desvalorizar, mostro-se explosivamente relevante!


Que a nossa democracia recomece a funcionar e que se discuta, sem tabus, o nosso futuro colectivo!









Premonitório este artigo? Só se nós quisermos!


Leiam, com muita atenção, este artigo que denuncia muito bem as manipulações políticas!
É importante sabermos que isto só acontecerá se nós não indignarmos fortemente com este estado de coisas!
Não entreguemos o "ouro" que é o nosso Portugal "aos bandidos!"

Paulo Vasconcelos, Visão on line,
Estamos no ano 2050 depois de Cristo. Toda a Europa foi ocupada pelos defraudadores”
Fraude é … jogar com os números. A 6 de março de 2014, Mario Draghi, atual presidente do Banco Central Europeu, declarou que a baixa de desemprego em Portugal é impressionante. Mais, quantificou o impressionante com a queda em dois pontos percentuais na taxa de desemprego. Ora impressionante é a declaração.
A taxa de desemprego em Portugal terá caído de 17,3% em Dezembro de 2013 para 15,4% no mês homólogo de 2014 (Eurostat), o que realmente conduz a uma diminuição de 1,9 pontos percentuais (quase 2 pontos percentuais). Mas terão saído de Portugal entre 100 a 120 mil portugueses em 2013. Este número parece ser mais ou menos constante, segundo declarações do próprio secretário de Estado das Comunidades Portuguesas “Não tenho nota que, no ano, tenha havido um aumento. Temos números mais ou menos constantes, mas que são bastante altos”. Ora 100 mil desempregados a saírem de Portugal, fora aqueles que partem desesperados fugindo do nada para arriscar algo, e que talvez não estejam nestes números ainda, alteram as contas … e muito. Será que a baixa no desemprego se deve mais à emigração do que à criação e oferta de emprego? Os que partiram saem dos centros de emprego. Mais do que atirar com números é preciso ler os números. Claro que também se pode ler que a política europeia (e mundial) está a funcionar em pleno, deslocando jovens com capacidade produtiva e conhecimento para os países mais desenvolvidos. Os nossos jovens partem para o norte e nós recebemos os idosos do norte … qualquer dia para serem apoiados pelos idosos do sul, únicos habitantes em Portugal.Fraude é … brincar às prescrições. A 7 de março de 2014, a condenação a Jardim Gonçalves, então presidente do Millenium BCP, prescreve. O advogado de defesa reclama por falta de celeridade para que o seu cliente se possa defender apontando até “falta de capacidade revelada pelo Banco de Portugal, para que este caso não tenha sido efetivamente julgado de forma definitiva em tempo útil”. Não se percebe … 8 anos inconclusivos …
A justiça é lenta mas pratica-se. O cidadão comum, a empresa familiar sabem o que isso é. A justiça em geral tarda mas quase sempre atua. Uma contraordenação ao Sr. António prescreve? Uma multa por dívida fiscal à empresa “aqui trabalha-se” prescreve? Não, não prescreve. Então porque é que casos mais mediáticos prescrevem? Nem a justiça se aplica nem os visados se podem retratar em caso de injustiça. Ninguém ganha ou será que ganham todos? Todos não, os contribuintes e o dinheiro dos seus impostos, e que impostos!, perdem certamente.
Fraude é … tapar o sol com a peneira. O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, está a ameaçar com o encerramento das redes sociais como Facebook e YouTube. Sente-se ameaçado e injustiçado pelas informações por elas vinculadas.
As redes sociais ligam pessoas. Aquelas que envolvem um vasto leque de utilizadores são realmente um veículo poderosíssimo de “passa palavra”. Mas também o são os jornais e meios audiovisuais. Estes últimos têm um corpo editorial que está sempre sobre escrutínio mas que também tem opinião e pode querer fazer política. Nada como um sistema aberto para que a verdade venha ao de cima; se assim não for, então o ditado “anda meio mundo a roubar o outro meio” cai e passamos a comer-nos uns aos outros … Ainda bem que há redes sociais, ainda bem que os media divulgam o que se vai passando por este mundo fora e por este Portugal dentro.
Fraude, no limite, é …
Os livros de Asterix, o gaulês, iniciam-se sempre com as seguintes linhas “Estamos no ano 50 antes de Cristo. Toda a Gália foi ocupada pelos romanos … Toda? Não! Uma aldeia povoada por irredutíveis gauleses ainda resiste ao invasor”. Brincando com coisas sérias, e projetando-nos daqui a umas dezenas de anos, com os portugueses a temperar em vinha de alhos e cozidos em lume brando, poderia o livro da nossa história começar assim “Estamos no ano 2050 depois de Cristo. Toda a Europa foi ocupada pelos defraudadores (especuladores financeiros, instituições e burocratas europeus, elite de gestores e lobistas partidários)  … Toda? Não! Uma aldeia povoada por irredutíveis tugas ainda resiste ao invasor”.

Estamos mesmo entregues aos bichos!

Embora já tenha algum tempo, infelizmente para os portugueses, mantêm a sua actualidade a entrevista a João Moreira Rato na SIC e que o blogue Umjeitomanso guardou e magistralmente comentou.

Esta é a face oculta do polvo das influências políticas do lobie financeiro sobre o poder!

Nenhuma medida sai se os banqueiros não quiserem!

É tão escandaloso que um tipo de direita como o José Gomes Ferreira se indigna!


Alguém se lembra disto? "Como um estudante pôs em causa o trabalho de economistas prestigiados"

Pois é há cerca de um ano Thomas Herndon, doutorando em Economia, descobriu o erro de Rogoff e Reinhart, dois prestigiados economistas que em 2010 publicaram um artigo, intitulado “Crescimento em tempo de dívida”, onde defendiam que países com uma dívida pública acima dos 90% do PIB tem um crescimento muito inferior comparativamente com os países onde o valor da dívida não é tão elevado.

Este artigo, foi um dos grandes reforços teóricos da tese que tem inspirado as intervenções na Europa nos últimos anos e que tanta miséria tem causado.

Rogoff e Reinhart têm um CV invejável.
Leccionam actualmente em Harvard e já trabalham para o Fundo Monetário Internacional, onde ocuparam altos cargos.
Antes, Rogoff foi economista-chefe no banco de investimento Bear Stearns.
Já Reinhart trabalhou para a Fed, passando antes por Yale e pelo MIT.

Mas o jovem investigador descobriu várias fragilidades no estudo “Crescimento em tempo de dívida”, que se podem dividir em três grupos: selecção de dados, ponderação do peso e códigos de Excel.

Foram excluídos da análise anos em que dívidas acima de 90% conviveram com crescimentos sólidos: Austrália (1946-1950), Nova Zelândia (1946-1949) e Canadá (1946-1950).
Outro dos equívocos prende-se com a ponderação do peso, ou seja, observações diferentes têm o mesmo peso.
Por exemplo, o Reino Unido teve um crescimento médio de 2,4% durante 19 anos com uma dívida superior a 90%.
Rogoff e Reinhart deixaram ainda de fora no estudo cinco países com uma dívida superior a 90%, o que se deve a um erro na fórmula de Excel.


Os dois economistas reconheceram já o erro na fórmula de cálculo, reiterando, no entanto, que continua a haver uma relação entre a dívida pública elevada e o baixo crescimento económico.

Não percebo baseado em quê se os dados estavam errados...mas a política de destruição dos países continua!

É esta a razão de ser do grande capital!
Até nós deixarmos...






O processo da coadoção, no Parlamento, foi vergonhoso!

Não tem a ver com o facto de se apoiar, ou não, a iniciativa pois isso é do foro intimo das pessoas e como tal não deverá merecer qualquer tipo de comentário nem de critica.

Em democracia as partes apresentam, sem demagogias ou populismos baratos, os seus argumentos, rebatem os dos adversários e votam, em consciência e tendo em atenção os interesses dos que os elegeram.

É isto que infelizmente sempre faltou na nossa democracia pois os nossos deputados, parlamentares ou autárquicos, nunca foram mais nada do que braços armados do líder que manda no partido na altura da elaboração das listas de candidatos.

É assim no parlamento, nacional e europeu, nas câmaras e até nas juntas de freguesia.

Foi esta realidade podre e infelizmente transversal, do nosso sistema partidário, que originou a chuva de candidaturas de pseudo independentes nas últimas autárquicas.

Mas também foi esta realidade que proporcionou os vários golpes de teatro que esta lei da coadoção teve pois a primeira votação não foi do agrado de Passos Coelho.

Tudo foi usado para alterar o rumo das coisas e todos, ou quase todos, acenaram com a cabeça perante a voz do dono Passos!

Primeiro foram os jotas com o patético, mal preparado e extemporâneo referendo que pretendia adiar para as calendas a votação final do diploma e eventualmente arrumar a situação com o apoio de sectores mais conservadores da sociedade, mas que morreu`quase à nascença pois as perguntas foram declaradas inconstitucionais ( a incompetência tem destas coisas).

Como a manobra de diversão dos jotas não resultou teve que avançar a democracia musculada da direcção partidária, ou seja, a pressão directa sobre os deputados que tinham apoiado, ou que se tinham abstido, no momento da votação na generalidade.

E como a maioria deles não tem vida própria, fora da política, veio ao de cima a verticalidade de minhoca dos aparelhos partidários e o diploma caiu!

Que os deputados sejam obrigados a votar alinhados com o partido diplomas que representem propostas eleitorais, e quando estão no poder também os orçamentos de estado ou moções de confiança ou de censura eu entendo e aceito.

Agora se os eleitos, que já são escolhidos administrativamente pelas direcções, num processo pouco democrático a nível partidário, ainda forem paus mandados do chefe em qualquer onde fica a democracia representativa?

Quem é o eleito pelo povo para o representar?
O deputado ou o chefe do partido?
Algo tem mesmo que mudar mas não para que tudo fique na mesma!



  


quarta-feira, 12 de março de 2014

TEM UMA CORRECÇÃO - O manifesto dos 70 é uma espinha na garganta de Passos Coelho e Paulo Portas!

CORRECÇÃO!!!
Fui alertado pelos senhores José Ribeiro e Castro e Pinho Cardão para o facto de não serem subscritores (nem se identificarem com o seu objectivo) do manifesto "Preparar a Reestruturação da Dívida Para Crescer Sustentadamente".
De imediato analisei o post em questão e verifiquei que efectivamente cometi o lapso de associar indevidamente um link( que se pode ver no post) onde estes, e outros senhores foram por mim indevidamente associados a esta iniciativa.

Foram eles os senhores:
Alberto da Ponte
Miguel Cadilhe
Miguel Beleza
Francisco van Zeller
Pedro de Sampaio Nunes
Manuel Avelino de Jesus
Clemente Pedro Nunes
José António Girão

Em nenhum momento da minha vida quis que a minha intervenção, aqui ou em qualquer outro local, se pautasse por falsidades ou manipulação.

É por esse motivo que decidi não apagar o post mas sim adicionar-lhe a denúncia do erro de molde a não alterar o que efectivamente aconteceu, já que o seu conteúdo político, na minha opinião, continua válido.

O documento a que me queria referir era
http://expresso.sapo.pt/leia-na-integra-o-manifesto-que-pede-a-reestruturacao-da-divida=f860341

E a lista dos subscritores é
http://expresso.sapo.pt/leia-na-integra-o-manifesto-que-pede-a-reestruturacao-da-divida=f860341#ixzz2vsMxE2Gb

A todos os que leram este meu post, mas sobretudo aos incorrectamente visados, venho publicamente pedir as minhas desculpas pelo sucedido.


Original

É muito interessante ler o manifesto maioritariamente subscrito por gente da área
do governo (finalmente um grito de denúncia de sociais democratas e democratas cristãos desta política ultra liberal apoiada pelas lideranças dos seus partidos) em conjunto com pessoas das áreas do PS, PCP e até imagine-se bloco de Esquerda.

Tem que ser gravíssima a situação do país e absolutamente desastrosas, para não se dizer criminosas, as políticas executadas, pelo governo de Passos & Portas, bem como as que estão planeadas, para que um leque tão variado de gente se unir e contestar.
Como é que perante gente com histórias profissionais espantosas (como se pode ver abaixo em relação a alguns dos subscritores) o Passos Coelho (que se licenciou quase na idade da pré reforma e viveu de expedientes e cantorias à sombra do tio Ângelo e do Relvas) mais o Portas (um jornalista doentiamente ambicioso) têm a coragem de insinuar que eles estão a trair o país?

O manifesto mostra o embuste destes dois anos de governação em relação a quase tudo.
Mostra que o rei tem andado mesmo nu!

Mostra também que até já grande parte da direita acha que há alternativas e rejeita ser "camelo no oásis destes dois"!

Depois disto o que é que Cavaco (a muleta destes dois) faz?
Deixa apodrecer, ainda mais, as coisas?
O que o manifesto diz é muito claro!
Ou se ataca o estado paralelo e os interesses instalados (que se mantêm intocáveis) ou será a miséria eterna.
A escolha também está na nossa mão!
 
Manuela Ferreira Leite PSD ex ministra das finanças e educação. investigadora do Centro de Economia e Finanças do Instituto Gulbenkian de Ciência, Leccionou no ISCEF e dirigiu o seu departamento de Finanças Públicas. Dirigiu o Departamento de Estatística do Instituto das Participações do Estado. Coordenou o Núcleo de Finanças Públicas e Mercado de Capitais do Gabinete de Estudos do Banco de Portugal. Fez parte da delegação portuguesa ao Comité de Política Económica da OCDE. Assumiu o cargo de directora-geral da Contabilidade Pública, e ocupou o lugar de membro do Comité do Orçamento do Conselho da Europa. Integrou ainda os órgãos de várias instituições privadas, sendo membro do Conselho Consultivo do Instituto Gulbenkian de Ciência e dos Conselhos Superior e de Orientação Estratégica da Universidade Católica Portuguesa, além de ter presidido ao Conselho de Administração do Instituto Francisco Sá Carneiro. Foi também presidente do Conselho de Administração do Instituto Superior de Línguas e Administraçãoe vogal (não executiva) do Conselho de Administração do Banco Santander Totta, entre 2006 e 2008.

Bagão Félix CDS ex ministro das finanças trabalho e segurança social.  Foi director financeiro da Companhia de Seguros A Mundial, membro do Conselho de Gestão da COSEC, membro do Conselho Directivo do Instituto Nacional de Seguros, administrador do Banco de Comércio e Indústria, administrador e vice-governador do Banco de Portugal e director-geral do Banco Comercial Português. Também no BCP foi administrador de várias seguradoras do Grupo, designadamente a Bonança, Império, Médis e Ocidental. Foi designado presidente do Conselho Directivo do Centro de Informação, Mediação, Provedoria e Arbitragem de Seguros.

Francisco Louçã BE ex deputado professor catedrático do ISEG

António Saraiva Presidente da CIP

Carvalho da Silva (ex PCP) ex líder da CGTP professor catedrático Lusófona

Gomes Canotilho (ex PCP) Professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra

 Sampaio da Nóvoa (perto PS) ex reitor da Universidade de Lisboa

João Cravinho PS  engenheiro ex Ministro do Equipamento, Planeamento e Administração do Território e ex administrador de "The European Bank for Reconstruction and Development" (BERD)

 Alberto da Ponte (Próximo do PSD) Licenciado em Ciências Económicas e Financeiras, em 1975, pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), Alberto da Ponte tem ainda o Curso Superior de Finanças (Harvard Business School, 1999).  Em 1974 na Elida Fabergé (Indústrias Lever), em Portugal, como diretor de marca, tendo passado por Bruxelas e Madrid. Assumiu também os cargos de diretor de Grupo de Produto e de Marketing.  Em 1986, recebeu uma nomeação especial para reorganizar o Departamento de Vendas da Unilever, em Kuala Lumpur, na Malásia. Administração da Jerónimo Martins Distribuição (1989 a 1991). Liderou também a Cadbury Schweppes Portugal (1991-1995) ,  desempenhou funções de diretor na Unilever Lever Elida (1995-2001) e na Unilever BestFoods (2002-2004).Presidente da Associação Portuguesa dos Produtores de Cerveja, Membro do Conselho Consultivo do ISCTE e Membro do Conselho Consultivo do ISEG. Presidente da RTP.

Miguel Cadilhe PSD ex ministro das finanças, administrador do banco BPA, BCP, BFE, BBI, BII. Professor na Faculdade de Economia e Gestão da Universidade Católica do Porto e presidente da API - Agência Portuguesa para o Investimento

Miguel Beleza PSD doutorado pelo Massachusetts Institute of Technology (1979), professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, técnico assessor e consultor do Banco de Portugal (1979-1987), responsável pelas relações de Portugal e Espanha no Fundo Monetário Internacional (1984-1987), administrador (1987-1989) e governador (1992-1994) do Banco de Portugal.1 Foi 106º ministro das Finanças do XI Governo Constitucional (4 de Janeiro de 1990-1991), período durante o qual impulsionou a criação da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e colaborou no processo de adesão de Portugal à União Económica e Monetária.Conduziu o escudo à União Económica e Monetária, quando da entrada no Mecanismo das taxas de câmbio em Abril de 1992. Geriu a desvalorização do escudo durante as perturbações cambiais de 1992 a 1993, gerada pela agitação dos mercados financeiros que se reflectiu no Sistema Monetário Europeu.

Francisco van Zeller Engenheiro químico, empresário e presidente da cip até 2010

Henrique Neto ex PS empresário ex vice presidente da AIP

José Ribeiro e Castro (ex presidente do CDS) advogado Secretário de Estado Adjunto do Vice-Primeiro-Ministro, adjunto do Ministro da Educação, deputado ao Parlamento Europeu, preside à Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas.

Pedro de Sampaio Nunes PSD licenciado em Engenharia Civil com a especialização em Energia pela Ordem dos Engenheiros. Presidente da FirstForce – Sociedade de Desenvolvimento de Biocombustíveis, SA, Administrador da GreenCyber SA e da ENUPOR - Energia Nuclear de Portugal, SA. Secretário de Estado da Ciência e Inovação. Na Comissão Europeia: - Director para a Internet, Segurança das redes e Assuntos Gerais - Director de Estratégia da Sociedade de Informação e e-Europe - Director para as Energias Convencionais- e Director para as Tecnologias da Energia. Director-Geral adjunto na DG Comunidades Europeias no Ministério dos Negócios Estrangeiros, Portugal e Director-Geral adjunto do Secretariado para a Integração Europeia

Sevinate Pinto CDS  (ACTUALMENTE consultor de Cavaco Silva) ex Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas

Vítor Martins (ACTUALMENTE consultor de Cavaco Silva para os Assuntos Europeus)

Freitas do Amaral (fundador do CDS) Catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Vice-Primeiro-Ministro e Ministro da Defesa Nacional, ministro dos Negócios Estrangeiros, presidente da Assembleia-Geral das Nações Unidas.

Adriano Moreira (ex presidente CDS) Professor Catedrático da Universidade Técnica de Lisboa.Professor Emérito da Universidade Técnica de Lisboa. Antigo Delegado à ONU (1957-1959),. Ministro do Ultramar (1961-1963). Deputado e Vice-Presidente da Assembleia da República (1979-1995). Professor do Instituto Superior Naval de Guerra. Professor da Universidade Católica Portuguesa. Actual Presidente do Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior
Eduardo Ferro Rodrigues (ex líder do PS) economista professor do ISCTE Ministro do Trabalho e Solidariedade, Ministro do Equipamento Socia.

Pinto Balsemão (militante nº 1 do PSD) ex primeiro ministro : "Reestruturar dívida muitas vezes é um ato de boa gestão" "As pessoas têm direito à felicidade". Pinto Balsemão puxa pela social-democracia nos 40 anos do PSD. Não conhece o documento dos 70, mas tem "curiosidade"

Manuel Avelino de Jesus professor do ISEG Instituto Superior de Economia e Gestão

Alexandre Patrício Gouveia (PSD) Curso de Gestão de Empresas pela Universidade Católica de Lisboa - Pós-graduação em Gestão de Empresas pela Universidade de Columbia em Nova York. Adjunto para os Assuntos Económicos no Gabinete do Primeiro Ministro.  Adjunto do Gabinete do Ministro do Comércio. Vice-Presidente do Banco Chemical Portugal, S.A. Administrador da Cidade Gestão S.A. Administrador da Cidade Trabalho S.A. Administrador do El Corte Inglés Portugal, S.A.

 António Pinho Cardão (próximo PSD) Várias funções na área financeira, técnica, de Direcção e de Direcção Geral (nomeadamente Associação Industrial Portuguesa, UEP e EDP, BCP) e de Administração, em empresas industriais e de serviços (Comunicação Social, Seguros e Banca), portuguesas e internacionais

 Clemente Pedro Nunes  (PSD) Professor Catedrático do IST - Gestor de Empresas

  José António Girão (próximo do PSD) Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Economia da Universidade  Nova de Lisboa. Ph.D. em Economia (1972) pela Universidade de Cornell (EUA) e  Engenheiro Agrónomo (1963) pelo ISA da Universidade Técnica de Lisboa. Vice Reitor da UNL (2003-06), Consultor do Banco de Portugal (1997-05),  Director na Comissão Europeia (1987-97), Director Geral do Tesouro (1986-87),  Director Adjunto do Departamento de Estatística e Estudo Económicos do Banco de Portugal (1980-85) e Técnico Consultor do mesmo Departamento (1978-80).  Anteriormente havia sido Investigador da Fundação Calouste Gulbenkian (1964-78) Professor da Universidade Católica Portuguesa (1974-78).  Fez parte de vários Grupos de trabalho e Comissões de Estudo no âmbito quer do  Ministério do Ensino Superior e Ciência, quer no das Finanças e representou Portugal no quadro de instituições internacionais (OECD e BEI).

domingo, 9 de março de 2014

O que Portugal precisa como de pão para a boca!

Hoje ao ler este artigo onde se afirmam coisas como:

 "As parcerias público-privadas (PPP) do sector rodoviário acumulavam, em Setembro, um défice superior a 430 milhões de euros, fruto da diferença entre os proveitos e os gastos que o Estado tem com as estas concessões. Apesar de as receitas com portagens terem aumentado 23% no terceiro trimestre do ano passado, os encargos para os cofres públicos atingiram até esse período 96% do total orçamentado para 2013."

"Os gastos líquidos do Estado com as PPP do sector da saúde subiram 22% até Setembro, face ao mesmo período de 2012."

E ao ouvir o Cavaco, na sua verborreia habitual do óbvio, finalmente assumir uma coisa verdadeira como:

"Portugal pode ficar debaixo de supervisão externa até 2035."

Questionei-me sobre a perversidade criminosa da nossa vida política onde a corrupção, o compadrio, a promiscuidade e a mentira mais despudorada são o pão nosso de cada dia, onde o vice primeiro ministro Portas, um palhaço falhado na vocação, cria números patéticos de um relógio que conta os dias para o nosso novo 1640 (a saída da Troika), outros falam de "milagres econômicos em Portugal" e ainda outros afirmam " que o povo está pior mas o país está melhor".
A tudo isto Cavaco (o presidente de alguns, poucos, portugueses) assistiu mudo e quedo!

Aparece agora, o mesmo Cavaco (às vezes interrogo-me se não será esquizofrênico já que ter um irmão gémio é algo que o país não aguentaria mesmo) na sua saga "roteiros VIII" que é a sua maneira de ir rescrevendo a história como lhe convém (um bocado ao jeito dos diários de Marilu do Herman José) afirmar que estamos capturados por, pelo menos, mais 25 anos!

É minha convicção que Portugal, para sair do buraco em que esta gente o meteu, tem que fechar! 
(Fortes manifestações de repúdio por este estado de coisas. Exigência do abandono dos corruptos e dos complacentes com eles. Única maneira de estancar esta corrupção e compadrio endêmicos)

Fazer obras de remodelação!
(Alterar leis para que seja mais eficaz o combate à corrupção. Limitação de mandatos. Regras mais transparentes de incompatibilidades e de negócios públicos)

E depois abrir com nova gerência!
(Com pessoas, sérias, rigorosas, com sentido de ética e não comprometidas)

Os políticos devem-nos servir e não servirem-se de nós!

Nós é que somos os patrões deles!

Está na nossa mão!

Basta sermos exigentes e a coisa muda!

Terrivelmente lúcido este artigo do Publico

É de um assistente social alguém que, por força da sua actividade profissional, lida de perto com a realidade das pessoas e por isso sente a necessidade de denunciar os crimes (porque é disso que se trata) feitos contra o povo.

Denuncia o cinismo, a hipocrisia, o compadrio e defesa de interesses escusos que engordam à custa do deliberado, progressivo e sistemático empobrecimento de vários milhões de pessoas.

E diz-se esta gente social democrata e democrata cristã?

Hipocritamente defendem o direito à vida combatendo a lei do aborto para quê?

Para que essas crianças tenham um futuro "radioso" de miseráveis que só aspiram a ser pedintes, ou emigrantes?

Ou será para engrossarem o exército de precários que os tubarões que dominam o país precisam para trabalhar em modo semi-escravo?

Ou nós acabamos com eles ou eles acabam connosco!

Não existirão alternativas enquanto as pessoas não se indignarem forte (e se calhar até violentamente) para estancar esta corrupção!

Que ninguém tenha dúvidas sobre isto!



sábado, 8 de março de 2014

É quase tudo decidido na Europa e nós nunca ligámos a isso. Entregámo-nos aos burocratas


Desde a nossa adesão que a perca de soberania era inevitável.
Com a adesão ao Euro esse movimento aprofundou-se.

Agora veja-se o que já é decidido fora de Portugal:

Agricultura, pescas e produtos alimentares
Segurança dos alimentos
Assuntos Marítimos e Pescas
Empresas
Concorrência
Empresas
Mercado único
Comércio
Cultura, educação, formação, juventude
Audiovisual e meios de comunicação social
Multilinguismo
Alfândegas, assuntos aduaneiros e fiscais
Fiscalidade
Desenvolvimento, ajuda humanitária, protecção civil e cooperação
Direitos humanos
Economia e finanças
Orçamento
Assuntos Económicos e Monetários
Luta contra a fraude
Emprego e Assuntos Sociais
Alargamento e assuntos externos
Política externa e de segurança
Ambiente e energia
Instituições da UE
Saúde
Desporto
Justiça, direitos dos cidadãos, cidadania europeia e assuntos Internos
Consumidores
Regiões e desenvolvimento local
Ciência, tecnologia, investigação, inovação, tecnologias da informação
Espaço
Transportes

E para fazer cumprir as leis existe, desde 1952, o Tribunal de Justiça da União Europeia que tem que garantir "o respeito do direito na interpretação e aplicação" dos Tratados.
No âmbito desta missão, o Tribunal de Justiça da União Europeia:
fiscaliza a legalidade dos actos das instituições da União Europeia;
assegura o respeito, pelos Estados-Membros, das obrigações decorrentes dos Tratados ;
interpreta o direito da União a pedido dos juízes nacionais.
O Tribunal de Justiça constitui assim a autoridade judiciária da União Europeia e vela, em colaboração com os órgãos jurisdicionais dos Estados-Membros, pela aplicação e a interpretação uniformes do direito da União .
O Tribunal de Justiça da União Europeia, com sede no Luxemburgo, é composto por três jurisdições: 
O Tribunal de Justiça, 
O Tribunal Geral (criado em 1988) 
Tribunal da Função Pública (criado em 2004). 
Desde que foram criadas, as três jurisdições proferiram cerca de 15 000 acórdãos.

E, perante tudo isto, qual foi a participação dos portugueses nas eleições europeias?

Desinteressada e por isso absolutamente desastrosa pois entregámos literalmente o ouro aos bandidos! 

E depois as pessoas espantam-se de não saber o que se passa e de as decisões serem tomadas nas suas costas...
  

Eleitores residentes em Portugal nas eleições para o Parlamento Europeu:
               Total                    Votantes            %            Abstenção         %
1987      7.741.223           5.622.984           72,6       2.118.239           27,4
1989      8.053.168           4.129.707           51,3       3.923.461           48,7
1994      8.490.435           3.024.634           35,6       5.465.801           64,4
1999      8.600.643           3.465.301           40,3       5.135.342           59,7
2004      8.748.600           3.394.356           38,8       5.354.244           61,2
2009      9.491.592           3.555.947           37,5       5.935.645           62,5

Eleitores residentes no estrangeiro nas eleições para o Parlamento Europeu:
               Total                   Votantes             %            Abstenção          %
1987      71.880                 14.572                 20,3       57.308                 79,7      
1989      54.526                 19.360                 35,5       35.166                 64,5
1994      84.643                 20.722                 24,5       63.921                 75,5
1999      94.957                 15.647                 16,5       79.310                 83,5
2004      63.481                 13.193                 20,8       50.288                 79,2
2009      193.122                 5.555                    2,9    187.567                 97,1

  Eleitores nacionais nas eleições para o Parlamento Europeu apenas em %:  
          
                                       Votantes                       Abstenção
1987                                    72,2                                     27,8
1989                                    51,2                                     48,8
1994                                    35,5                                     64,5
1999                                    40,0                                     60,0
2004                                    38,7                                     61,3
2009                                    36,8                                     63,2




Isto eu subscrevo na integra!

Leiam este ensaio que está na Visão escrito pelo Boaventura Sousa Santos, que vale a pena, e começa assim:

"O Partido do 25 de Abril
Suspeito que tarde ou cedo vai surgir em Portugal o partido do homem e da mulher comuns. Será a resposta política aos que, aproveitando um momento de debilidade, destruíram em três anos o que construímos durante 40".





sexta-feira, 7 de março de 2014

Tanta mentira já deve precisar de tratamento

O embuste e as aldrabices sistemáticas convertem Paulo Portas e Passos Coelho em autênticos pinóquios



Quem não se lembra da palhaçada do relógio que marcava o tempo que falta para o nosso novo 1640 (como dizia o Portas no circo do CDS a que chamaram congresso)?

Infelizmente a realidade é muito diferente pois segundo o presidente da Informação de Mercados Financeiros (IMF), Filipe Garcia, Portugal estará "seguramente sob vigilância" da União Europeia (UE) "pelo menos até 2026", mas o analista admite que o país só pague 75% do empréstimo europeu "pela década de 2030".

Também João Pereira Leite, analista do Banco Carregosa, lembra que as regras europeias determinam que, quando um país termina um programa de assistência financeira, a vigilância pós-programa mantém-se até que o país em causa pague pelo menos 75% do montante recebido, havendo missões duas vezes por ano, independentemente da forma como venha a sair do programa.

Segundo ele isto quer dizer que teremos uma supervisão até 2036 ou 2037.

Porque não internam esta gente?




Parasitas de topo!

Diz o Faria de Oliveira (presidente da Associação Portuguesa de Bancos) numa entrevista ao Negócios que a Banca vai continuar a aumentar comissões para recuperar lucros.

Motivo: porque há "necessidade de correcções" devido aos prejuízos do sector.

Então e se as pessoas começarem a tirar o dinheiro dos bancos, ou então a fazerem um levantamento por mês?

Isto não daria uma fortíssima quebra de liquidez no sector financeiro?

E se as pessoas voltarem a ir às instalações da EDP, EPAL, TVcabo, MEO, VODAFONE, OPTIMUS, Serviços municipalizados, repartições de finanças, etc, etc, etc,  fazeres seus pagamentos e afogarem estas empresas com filas enormes para as quais eles já não estão minimamente preparados?

Os bancos e as grandes empresas reduziram muito, dos seus gastos com pessoal e instalações, graças ao home banking e aos meios electrónicos de pagamento.

Agora que já emagreceram querem mamar ainda mais?

São os clientes que têm culpa da gestão incompetente, por vezes criminosa e quase sempre especulativa dos bancos?

Claro que não!

Então porque é que têm que pagar por ela se são os clientes e não os donos?

A sociedade civil tem que lhes pregar um valente susto!

São só capazes disto ou gozam com a miséria do país?

Manifesto PSD/CDS inspirado nos "101 Dálmatas" vem no insuspeito Correio da Manhã.

Certamente uma ideia destas tem origem na Cruella "Portas" de Vil que é muito dada às fantasias...

quinta-feira, 6 de março de 2014

O PSD é mesmo um partido de golpes!

E o exemplo vem mesmo do topo!
Qual democracia qual quê!
O líder do PSD porta-se como qualquer chefe de gangue e os outros, grandes lutadores pela liberdade, obedecem sem piar!

Vem isto a propósito de o Expresso desta semana afirmar  que Passos Coelho (o líder incontestado) ter combinado em segredo, há já alguns meses, com o Relvas o seu regresso a tachos/cargos no partido.

Tão em segredo que vice presidentes do partido (como Março António Costa e Jorge Moreira da Silva) só souberam disso na véspera do congresso.

O que terá de tão valioso Relvas, uma pessoa que não tem CV mas sim cadastro político e que é mal vista no país e no partido, para que Passos Coelho se exponha desta maneira?

Isto também demonstra que, pelo menos no PSD, democracia interna, debate e decisões colegiais em órgãos colectivos é coisa que não existe!

Ao Passos ninguém dá lições de golpismo e totalitarismo e ao PSD  ninguém também dá lições de amorisco e seguidismo!

Se juntarmos a isto o pontapé que o acessor do PSD deu a um jornalista  por tentar fotografar o Relvas rapidamente concluímos que somos governado por um gangue travestido de partido político.

E o inapto do presidente muleta assiste a tudo impávido e sereno a dizer as suas baboseiras óbvias do costume.

Trágico para o país mas sobretudo para o povo que sofre horrores!

quarta-feira, 5 de março de 2014

E o "milagre" do Portas continua em beleza não acham?

Segundo dados da  Segurança Social (aquele ministério controlado pelo rapaz da lambreta) que joga no mesmo clube do Portas (o mago dos milagres todos).

"O Estado português apenas atribuiu prestações de desemprego a 388 mil desempregados em Janeiro, deixando sem estes apoios mais de 425 mil desempregados"

Não acham que já basta de tanta mentira?


Gente tolerante esta do PSD não acham?

O Zeca Mendonça, decano dos funcionários do PSD, mostra aqui bem que "quem se mete com o PSD leva"

Vejam este mimo de tolerância democrática do aparelho do PSD.

E como estamos a falar de selva, e violência, vejam uma imagem elucidativa do que Passos&Portas querem fazer ao nosso povo.

Mas, antes que eles acabem connosco, nós podemos acabar com eles!
Votando contra quem defende esta política de miséria!
















terça-feira, 4 de março de 2014

Vejam esta mensagem. Pensem bem nela pois aponta o caminho!

Noam Chomsky - Mensagem aos leitores portugueses

Simples, lúcida e objectiva.

Define bem quem é o inimigo principal nesta guerra sem tréguas que nos quer escravizar!

Veja e escolha de que lado quer estar!

segunda-feira, 3 de março de 2014

As sombras chinesas da 11a avaliação da Troika

Já toda a gente sabe que, em cima das eleições, a saída de Portugal do resgate se transformou em algo muito tóxico pois os vários intervenientes (à excepção do FMI) têm medo que isso ensombre as campanhas nos seus países.

Esta avaliação até poderia ter sido feita pelo telefone pois o resultado seria o mesmo.
É a Alemanha & friends (leia-se países do norte) que estão a empurrar Portugal para a saída à irlandesa porque só assim poderão "vender"eleitoralmente Portugal como um caso de sucesso.

Embora o Paulo Portas (porque o Passos não aparece nestas coisas) quisesse mortuária-se exuberante, quase eufórico, com os sucessos para assim esconder os novos e violentos compromissos de austeridade que foram empurrados para Abril (e mais tarde certamente para os finais de Maio) como novos cortes de pensões, e mais 2000 milhões de euros de cortes.

Basta vermos que:
Se em 2010 a nossa divida pública era de 94% do PIB e quase todos (PSD, CDS, banqueiros, Cavaco, FMI, BCE, OCDE e comissão europeia) defendiam que tínhamos que ser resgatados pois era insustentável  e agora que ela é de 130% do PIB afirmam que está controlada?

E isto foi uma subida progressiva como se pode ver nas informações do Banco de Portugal
O rácio da dívida pública em percentagem do PIB tem vindo a aumentar ao longo dos últimos anos e passou de 108,3% em 2011, para 124,1% em 2012 e 129% em 2013.
Quando vão parar todas estas mentiras?
Só quando corrermos com esta gente sem escrúpulos e exigirmos uma política de verdade, rigor e transparência!
Votar sim mas nesta gente não!
O nosso país merece melhor!
Está nas nossas mãos!

Também há mentiras para ricos e para pobres!

Triste país o nosso que se assemelha, cada vez mais, a um estado falhado onde até as leis se moldam se moldam perante o poder do criminoso!
Uma ditadura, desde África, passando pela América do Sul e a cabeando no leste ou na Ásia, não faria melhor.

Então o senhor Rui Machete, advogado de profissão, escreve uma carta em 5 de Novembro de 2008, a propósito da Sociedade Lusa de Negócio (SLN), ex-dona do BPN, que envia à Assembleia da República no âmbito do inquérito ao BPN onde afirma o seguinte:
"Não sou nem nunca fui gestor/administrador do BPN ou membro do seu Conselho Fiscal ou sequer accionista ou depositante da mesma instituição bancária." 

Foi uma carta enviada ao então líder parlamentar do BE, Luís Fazenda, e com conhecimento das restantes bancadas parlamentares.

Muito distraído o "nosso" Machete que nela se "esqueceu" de aplicações em acções não cotadas em bolsa ( o que obriga sempre a uma negociação particular) que deteve, entre 2000 e 2007, e que lhe deram um lucro de 150%.

O que é mais estranho ainda é que a referida carta, "do esquecimento" é muito pequena e exclusivamente sobre este assunto. 

Para a Sra. Procuradora (alguém que tem como missão apurar a verdade e punir os crimes) que analisa a denúncia do BE, é de somenos importância o facto de um advogado mentir por escrito a uma comissão de inquérito.

Por isso manda arquivar a denúncia.

Moral da história.
Esta história não tem mesmo moral nenhuma!





domingo, 2 de março de 2014

Finalmente nomeado Chicago Boy!

Pois é o Vítor Gaspar voltou a "casa" com a promoção por serviços prestados à especulação mundial!
Foi nomeado diretor do Departamento de Assuntos Orçamentais de Fundo Monetário Internacional.
E o Gaspar ainda se sente ofendido por lhe chamarem homem da Troika em Portugal?
Depois da miséria que criou para a generalidade do povo e da riqueza que deu à malta que o colocou cá o que é que ele queria?
Que lhe dessem beijinhos?
Que pena não estarmos em Kiev para que esta gentalha fosse toda corrida!
Eles também são corrupto, mas dos bons, por isso o ocidente apoia-os!
O resto é só conversa