sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Dizer as verdades é crime?

Vem hoje no Expresso

"Espanha vai multar quem causar distúrbios junto ao Parlamento

Governo espanhol quer sanções para quem ofender a nação ou as autoridades em protestos. Oposição acusa o executivo de querer calar o povo."
Cada vez mais estes democratas, de pacotilha, querem as pessoas quietas e caladas perante todos os desmandos que eles alegremente vão fazendo.
Se não quisermos ser escravos temos mesmo que agir, em Espanha, em Portugal ou em qualquer parte do mundo onde estes abutres estejam no poder!



Grande lata destes tipos


Diz o sítio do Público
Portugal é primeira página da edição europeia do International New York Times num artigo com o título "Em Portugal, um burro de carga vive de subsídios". 
Não se preocupem porque  "vozes do  New York Times  não chegam ao céu!"

Campanhas negras e afins...

Vem isto a propósito da entrevista bomba que o aparatchick/bloguer (ou será o contrário?)  Fernando Moreira de Sá deu à Visão.
Diz o homem, que:
"A Comunicação Política Digital nas Eleições Directas de 2010 no PSD pelo candidato Pedro Passos Coelho” foi a sua dissertação de mestrado realizada nos anos de 2012 e 2013 na Universidade de Vigo.
 E também diz que:
"O presente trabalho pretende, através de um caso prático real, vivido e observado pelo autor, analisar até que ponto a blogosfera foi utilizada de molde a conseguir um efeito multiplicador e influenciador junto do eleitorado interno do Partido Social Democrata (PSD) nas eleições internas de 2010".
Mas o comentário do insuspeito Pacheco Pereira  sobre a entrevista é bastante acertivo.
"como, sob a batuta de Miguel Relvas, um grupo de autores de blogues e jornalistas, ajudou a ascensão de Pedro Passos Coelho, o 'derreter' de Manuela Ferreira Leite, o papel de Aguiar Branco, e, mais tarde, a transumância desta gente para o poder",
E realmente ele tem razão pois esta estrutura é apenas a ponta de um enorme icebergue, de interesses políticos e financeiros, que têm como objectivo reduzir o papel do estado ao mínimo possível, precarizar o emprego ao máximo e arrasar o estado social passando, tudo o que der lucro, para o sector privado a preços de saldo com o argumento de que estamos em crise e a Troika manda.
E como certamente toda esta gente é muito católica, e temente ao seu Deus, deve passar a vida a  rezar e em penitências quando vai ao confessionário já que estas atitudes não se coadunam muito com o que o novo papa pensa .
O Papa Francisco expressa mais claramente do que nunca as posições que tem vindo a assumir de luta contra a pobreza e a exclusão neste documento. Apelou aos políticos para que garantam a todos os cidadãos “trabalho digno, educação e cuidados de saúde”, e aos ricos para que partilhem a sua fortuna: “Tal como o mandamento ‘Não matarás’ impõe um limite claro para defender o valor da vida humana, hoje também temos de dizer ‘Tu não’ a uma economia de exclusão e desigualdade. Esta economia mata”, afirma Francisco na exortação apostólica.
Se calhar o papa até alinharia em estar presente na Aula Magna ao lado, e a apoiar, os apelos à violência (como todos os tartufos da direita dizem) contra o governo e o Cavaco.
Tinha a sua piada não tinha?

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Mais uma vez o governo&friends não esclarecem os swaps!

O Moreira Rato do IGPC embrulha-se todo na comissão,parlamentar sobre os Swaps, desmente o BNP Paribas e o Deutsche Bank e, mais uma vez, não informa mesmo depois de muito instado pelos deputados o montante da tão propaganda poupança obtida pelo governo nas renegociações.
É apenas mais um no grupo de pinóquios que assaltou o poder em Portugal!
E tudo isto debaixo do olhar conivente de Cavaco o presidente, de cada vez menos, portugueses!

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

A arrogância e intolerância deste governo geram indignação e rupturas na sociedade

Mais uma vez Soares alertou para os perigos mas, nem Passos Coelho, nem Paulo Portas (com o beneplácito de Cavaco) pensam inverter esse seu comportamento.
Basta vermos as declarações do membros do governo e dos líderes sindicais das polícias, acerca da invasão da escadaria do Parlamento, para vermos que o governo tem tudo menos tacto político e social.

"Passos desagradado com a manifestação das 'polícias'".

"Miguel Macedo diz que escadaria da Assembleia não volta a ser invadida".

"Quero dizer aos portugueses que num Estado de Direito há regras a cumprir e limites que não devem ser ultrapassados", disse o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, numa curta declaração ao país.

Invasão do Parlamento: Portas diz que tem que haver consequências.

Cavaco Silva apela à serenidade
Presidente da República diz que é preciso dar uma boa imagem para o exterior.

Diretor Nacional da PSP pediu a demissão e o ministro da Administração Interna aceitou, confirma o governo em comunicado emitido ao fim da manhã de hoje.

O comandante da Unidade Especial de Polícia, superintendente Luís Peça Farinha, é o novo diretor nacional da PSP, disse à Lusa fonte do Ministério da Administração Interna.

Moral da história:
O governo não assume politicamente qualquer responsabilidade, pelo acontecido mas, como precisa de um bode expiatório, demite o director nacional da GNR substituindo-o de imediato (estranhamente aliás) pelo chefe operacional dos policias que estavam de serviço ao Parlamento e que permitiu a "invasão".

Polícias esperavam "resposta" do MAI às reivindicações.
Presidente da ASPP/PSP admite que houve uma "atitude mais irrefletida" por parte dos manifestantes, mas "há muito mais por detrás" dessa atitude e o ministro Miguel Macedo não deu "resposta concreta" à mobilização de quinta-feira.

O ministro da Administração Interna deixou os polícias esta noite sem entenderem os motivos da demissão do director nacional da PSP e também sem resposta às reivindicações que levaram à manifestação de quinta-feira.

Paulo Rodrigues admitiu que houve uma "atitude mais irrefletida" por parte dos manifestantes, mas acrescentou que "há muito mais por detrás" dessa atitude, pelo que é preciso uma resposta concreta à mobilização de  quinta-feira. Era isso que esperava ouvir hoje do ministro, declarou.

"Esperávamos da parte do ministro da Administração Interna uma clara mensagem aos polícias", uma "resposta que fosse ao encontro das suas reivindicações", disse Paulo Rodrigues, acrescentando que também não foi explicada por Miguel Macedo a demissão do  diretor nacional da polícia, ocorrida hoje.
A manifestação de quinta-feira e as razões que estiveram na base da sua realização não tinham a ver ou eram da responsabilidade do director nacional, além de que as decisões tomadas no âmbito da segurança da manifestação foram as mais corretas, afirmou.
"Impedir a subida da escadaria do Parlamento poderia ter levado à violência"

Mas, infelizmente, não são só com os polícias os conflito.
Para além dos funcionários públicos e dos reformados quase todas as instituições entraram em conflito/ruptura com este governo (excepção feita aos banqueiros e às grandes empresas) o que reforça os receios de conflitualidade latente de que Soares falou.
Alguns exemplos marcantes em 2013 para avivar um pouco a memória.
Dia 19/02/2013
O bastonário da Ordem dos Advogados concorda com Pinto Monteiro no que toca à falta de transparência na separação de poderes.
Marinho Pinto diz que este Governo já deu sinais de não conviver de forma adequada com outras instâncias.
Dia 30/04/2013
“Opte por não deixar morrer os doentes”, pede o bastonário dos médicos ao ministro Vítor Gaspar.
Dia 16/05/2013
UGT e CAP exigem que Governo cumpra acordo saído da Concertação Social.
Dia 02/09/2013
Bastonário dos advogados apresenta “veemente protesto pelo descalabro legislativo”
Dia 15/10/2013
CIP: Governo passa para empresas e famílias o ónus do reequilíbrio das finanças públicas.
Dia 16/10/2013
CIP critica insistência do Governo “num esforço violento de consolidação orçamental”.
Dia 04/11/2013
Governo bate recorde em gastos com escritórios de advogados
Dia 04/11/2013
UGT e CGTP reagiram com satisfação ao relatório da Organização Internacional de Trabalho.
Esperam agora que o Governo seja mais modesto na meta do défice para o próximo ano e que as políticas sejam alteradas.
Dia 05/11/2013
Bastonário dos Médicos diz que guião da reforma do Estado é de uma pobreza confrangedora
Dia 14/11/2013
CCP: Governo tem de negociar com líderes da troika e não com técnicos.
Dia 19/11/2013
Negociações com a tutela suspensas e relações cortadas com o governo.
Esta é a resposta do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) aos cortes no financiamento do Estado ao Ensino Superior.
Dia 22/11/2013
O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, reconheceu hoje que Portugal enfrenta constrangimentos orçamentais, mas defendeu que cabe ao Governo o papel de defender os interesses nacionais junto da `troika`.
"UGT não vai fazer quaisquer acordos" com o Governo.
Note-se que aqui não foram abordados os constantes conflitos, e desconfianças, internos dentro do governo e entre o PSD e o CDS que foram mais do que muitos.
Se alguém fez apelos à violência em Portugal, esse alguém, não foi certamente Soares como o demonstram todos estes exemplos, e tantos outros que, ao longo destes dois longos anos de governação PSD/CDS/Cavaco, o país viveu!

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Ontem mudou tudo. Governo e Cavaco estão mais próximos do fim!


Por mais que Cavaco se recuse a falar, que Passos Coelho empurre para o MAI as declarações, sobre este relevantíssimo facto político, que foi a manifestação das polícias, e que Portas tenha passado à clandestinidade (como é seu hábito nas situações adversas) o país viu bem, e em directo, o que se passou ontem à hora do jantar em frente ao Parlamento.

O país viu que os polícias não entraram no Parlamento porque não quiseram e, para aumentar a fragilidade deste poder putrefacto, que os/nos está a arruinar, foram até à porta principal de rompante sem oposição e depois voltaram paulatina e ordeiramente para trás.

Foi uma enorme mensagem, de irritação civilizada, que deve ser tomada muito a sério pelos seus destinatários sob pena de existir uma rápida e violenta degradação da paz social.

Que governo e presidente da república dignos desse nome deixam, em democracia, que as coisas se degradem a este ponto?
Que governo e presidente da república dignos desse nome acham que, depois de dois anos de crispação política e social que destruiu um acordo de concertação social, destruiu a classe média e colocou milhões de pessoas na miséria, faz sentido falar de amplos consensos com parceiros e oposição?

Esta ainda foi uma resposta controlada das forças de segurança que pela primeira vez se uniram numa luta comum (milhares de agentes da PSP, GNR, SEF, guardas prisionais, ASAE, Polícia Marítima, Polícia Judiciária e polícias municipais participaram na manifestação).

Resta saber como serão as próximas iniciativas.

E como tratarão, o governo e a polícia, as manifestações de outros cidadãos,que no futuro também tentarem subir as escadarias, depois deste tão grave precedente?

Vão carregar sobre os manifestantes que só querem fazer o mesmo que os polícias fizeram ontem?

É claro que, um governo fraco, arrogante e incapaz de assumir responsabilidades políticas em relação a coisa que correm mal só vê a saída do bode expiatório, ou seja, a demissão do director-nacional da PSP que à semelhança do anterior apenas ficou dez meses no lugar.





quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Mais uma vez se confirma que somos governados por aldrabões!


Durante três ou quatro dias o país político agitou-se, à esquerda, e assustou-se, à direita, porque ficou patente aos olhos de todos que o Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, nomeado neste verão após a crise irrevogável de Paulo Portas, é politicamente incapaz para o cargo!

E tudo isto aconteceu porque Rui Machete afirmou, dia 10/11/2013 durante uma visita à Índia, que Portugal só evitará um novo resgate se juros descerem para 4,5%. Apesar dos juros da dívida estarem nos 6%, ministro não afastou cenário de novo resgate, que disse ser «muito mau» para a economia nacional.

Rapidamente Marcelo, Passos e Portas corrigiram "desastre total" das declarações de Machete.

Logo a seguir o chefe da missão do FMI disse “não há nenhum número mágico de juros” para que Portugal regresse aos mercados, ao contrário do ministro dos Negócios Estrangeiros que colocou a fasquia nos 4,5%.

Também Maria Luís Albuquerque afirmou que «não há números mágicos» para a sustentabilidade dos juros da dívida e que «não se podem valorizar afirmações sem saber exactamente qual é o contexto».

"Mais moderação." Foi o que pediu o presidente da CIP. António Saraiva disse que Rui Machete demonstrou insensibilidade e as declarações sobre os juros de 4,5% deixaram as pessoas confusas.

O líder parlamentar do Bloco de Esquerda considerou hoje que o ministro dos Negócios Estrangeiros português deu voz a «um pensamento escondido que preocupa este Governo», ou seja, um «segundo resgate no horizonte de Portugal».

Como em tudo nesta vida também existem opiniões favoráveis e Machete também recebeu elogios (embora vindos de alguém que, em matéria de manipulações, arruaças e aldrabices não tenha curriculum mas sim cadastro). “Se há pessoa séria, bem formada, se há uma mais-valia para este Governo, é Rui Machete”, declarou Alberto João Jardim quarta-feira à noite, quando foi questionado na Grande Entrevista da RTP sobre a polémica que envolve o ministro dos Negócios Estrangeiros, que anunciou os 4,5% de taxa de juro como condição essencial para Portugal evitar um segundo resgate.

Mas hoje a verdade veio finalmente ao de cima numa notícia do Expresso.
Afinal Bruxelas conhece "número mágico" de Machete!
Taxa de 4,5% referida por ministro dos Negócios Estrangeiros é usada pela Comissão na análise de sustentabilidade da nossa dívida pública.
Fonte:http://expresso.sapo.pt/bruxelas-conhece-numero-magico-de-machete=f842139

Afinal o ministro não inventou nada.
Falou foi demais e o resto da malta não gostou que ele lhes estragasse a história cor de rosa de que para o ano a troika se vai embora e seremos livres outra vez.

Enquanto o país apodrece politicamente, e empobrece socialmente, o presidente Cavaco, o grande seguro de vida do governo, assobia para o lado, diz trivialidades e apela a consensos irreais que ajudou a destruir logo no seu discurso de tomada de posse.
E ninguém diz que o rei vai nu!