Existiam, há quatro, anos 1070 carreiras na administração pública. Em muitas delas, como as dos professores, chegava-se ao topo só por antiguidade (nada de esforço). Os funcionários públicos reformavam-se com o valor do seu último salário (quase levando à falência a Caixa Geral de Aposentações). As várias polícias, alguns ministérios e até jornalistas tinham regalias sociais próprias,que a generalidade do país desconhecia. Todos nós pagávamos estas situações fruto de uma pressão corporativa continuada sobre governos fracos que assim compravam a paz social. Este governo atacou esses interesses instalados, que mais ninguém teve coragem de fazer apesar de todos falarem do monstro da despesa com a função pública (que segundo Miguel Cadilhe escreveu nasceu com Cavaco Silva).
Governar implica decidir, contra interesses sectoriais, se eles se estiverem a sobrepor aos do país.
Foi isto que o governo fez. Nem sempre da melhor forma, é certo, mas fez! e os outros não.
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