quinta-feira, 15 de maio de 2014

Campanha eleitoral da treta não é por acaso!

Do que é importante ninguém, mas mesmo ninguém, fala ou apresenta propostas concretas (porque de generalidades e frases feitas estamos fartos)!

Veio no negócios um acordo comercial, entre a União Europeia e os Estados Unidos que está discretamente a ser negociado desde Julho de 2013, será o acordo bilateral com maior impacto económico de sempre no mundo.

Diz a determinado passo o artigo:
"As grandes vantagens para a União estão à vista: o alargamento do mercado de produtos a mais 300 milhões de consumidores, a eliminação dos custos de exportação e da burocracia que lhe está associada. Para Portugal, numa altura em que as exportações estão em crescimento, o alargamento do mercado é uma boa notícia. Acresce ainda que o acordo poderá constituir uma oportunidade para Portugal aproveitar a sua privilegiada posição de porto de entrada na Europa continental."

"Adivinham-se os riscos de um tal acordo e a necessidade da sua rigorosa negociação. 
Por um lado, teme-se a pressão concorrencial de produtos norte-americanos no mercado europeu (pense-se, em concreto, nos produtos americanos fortes como os cereais ou os produtos tecnológicos), que sempre afectará, em diferente medida, os vários países europeus. Por outro lado, na medida em que o acordo venha a abranger também, como se prevê, a abolição de alguns obstáculos não pautais (derivados da regulação), ele obrigará a cedências mútuas de ambos os lados em relação a aspectos que consideram importantes (pense-se, por exemplo, na desconfiança europeia em relação aos OGM, comuns nos Estados Unidos, ou a desconfiança americana em relação aos processos tradicionais de fabrico dos produtos regionais europeus). Num caso e noutro importa saber em relação a que interesses deverá a União ceder, e a que preço, ou, sendo impossível a cedência, que produtos não beneficiarão do reconhecimento mútuo necessário à sua plena integração no mercado da outra parte."

Se o Parlamento Europeu tem uma participação crucial neste processo, já que a celebração de acordos internacionais depende da sua aprovação, como é que não se fala na campanha sobre um tratado desta dimensão, e com tão grande impacto na economia dos países?

Era fundamental colocar este debate na luz do dia para minorar os golpes e a corrupção!

E depois admiram-se da abstenção e do anti europeísmo de cada vez mais gente.
 
Temos que exigir mais transparência na vida política!


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