Está escrito no Diário de Notícias de 28 de Setembro de 1992.
Claro que a realidade depressa se encarregou de mostrar que o tal oásis afinal era uma miragem pois a recessão, que já aí vinha, fez o senhor desaparecer do lugar que nunca deveria ter ocupado.
Mas desde meados de 2014 a teoria voltou com a nossa tão propagandeada "saída limpa" do período de ajustamento que não foi mais do que uma "saída empurrada" para que as eleições europeias não estragassem as contas aos alemães & friends.
Cavaco (sempre ele) serve os interesses de Passos & Portas, que servem os interesses do grande capital, montaram uma enorme operação de propaganda para reactivar esta teoria.
Mas, mais uma vez, a realidade desmente-os todos os dias senão vejamos:
Portugal tem mais 200 mil pessoas em risco de pobreza ou exclusão desde 2010
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Economia recuou 6,5% no período do resgate
http://www.peprobe.com/pt-pt/new/economia-recuou-65-no-periodo-do-resgate?utm_source=wysija&utm_medium=email&utm_campaign=peprobe-latest-updates
Sim, o desemprego está a subir (mesmo que Passos não perceba porquê)
http://www.peprobe.com/pt-pt/new/sim-o-desemprego-esta-a-subir-mesmo-que-passos-nao-perceba-porque?utm_source=wysija&utm_medium=email&utm_campaign=peprobe-latest-updates
Crise e mercado de trabalho: Menos desemprego sem mais emprego?
(Este documento de 10 páginas, de que apenas transcrevo o resumo mostra bem a catástrofe social destas políticas)
A diminuição do desemprego e a criação de emprego são dois dados
oficialmente referidos como sinais da retoma da economia, do fim da crise e do
sucesso do programa de ajustamento. Na realidade, o mercado de trabalho
português encontra-se numa situação depressiva sem precedentes e sem
perspetivas de recuperar a prazo.
Importa sublinhar que o aprofundamento da crise económica tem tido uma forte
influência na crise dos próprios indicadores estatísticos:
Pela primeira vez, os valores do desemprego “não oficial” – que retratam
dimensões do fenómeno do desemprego que o conceito de desempregado
não abarca – ultrapassaram os números do desemprego “oficial”. De facto, a
descida gradual do número de desempregados, a partir de 2013, tem sido
paulatinamente contrariada pelo aumento do número de desempregados
que não é reconhecido pelas estatísticas.
Tendo em conta as diversas formas de desemprego, o subemprego e
estimativas prudentes sobre a situação laboral dos novos emigrantes, a taxa
real de desemprego poderia situar-se, no segundo semestre de 2014, em
29% da população ativa, caso os trabalhadores emigrados tivessem ficado no
país.
Por isso, em vez de uma descida do desemprego, é talvez mais adequado
falar-se numa situação de estabilização do desemprego em níveis bastante
elevados e de uma estabilização do emprego num nível bem mais reduzido
do que o estimado no início do programa de ajustamento. Com efeito, a
criação de emprego verificada recentemente assenta em bases frágeis.
Excluindo dos valores oficiais os desempregados ocupados – quantificados
como empregados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) – ter-se-ão
destruído 463,6 mil postos de trabalho de 2011 até ao 2º semestre de 2013
e criado, a partir daí, apenas 37,9 mil postos de trabalho.
Por último, o desemprego atual é um desemprego mais desprotegido do que
antes da vigência do programa de ajustamento. Do mesmo modo que o
emprego gerado assenta, sobretudo, em atividades precárias, em estágios
financiados publicamente, mal remunerados e sem perspetiva de
continuidade e de verdadeira inserção no mercado de trabalho.
A ideia de que o “ajustamento” e a “mudança estrutural” da economia
portuguesa dariam lugar, depois da subida inevitável do desemprego, a um novo
quadro de florescimento do emprego, não parece, de facto, encontrar suporte
na realidade.
http://www.ces.uc.pt/observatorios/crisalt/documentos/barometro/13BarometroCrises_Crise%20mercadotrabalho.pdf
Onde estão as políticas de transparência, rigor na despesa, combate à corrupção e economia paralela que rondam os 40.000 milhões de euros anuais?
Ficaram no tinteiro pois ´foram slogans para enganar eleitores.
É isso que está de volta!
Perante isto alguém duvida que estes tipos querem mesmo é fazer de nós camelos para que o oásis que os sustenta se mantenha verdejante?
No momento do voto usem a cabeça e não o clube ou a religião.
Portugal agradece!
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