São sábios quase todos os provérbios portugueses. "Quem tudo quer tudo perde!" é disso um bom exemplo, pois mostra que a ambição desmedida não é caminho a seguir. Podemos, e devemos, querer chegar o mais longe possível, nas várias vertentes da nossa vida, mas sempre com regras! E uma delas terá que ser "Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti!".
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
Mais uma vez se confirma que somos governados por aldrabões!
Durante três ou quatro dias o país político agitou-se, à esquerda, e assustou-se, à direita, porque ficou patente aos olhos de todos que o Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, nomeado neste verão após a crise irrevogável de Paulo Portas, é politicamente incapaz para o cargo!
E tudo isto aconteceu porque Rui Machete afirmou, dia 10/11/2013 durante uma visita à Índia, que Portugal só evitará um novo resgate se juros descerem para 4,5%. Apesar dos juros da dívida estarem nos 6%, ministro não afastou cenário de novo resgate, que disse ser «muito mau» para a economia nacional.
Rapidamente Marcelo, Passos e Portas corrigiram "desastre total" das declarações de Machete.
Logo a seguir o chefe da missão do FMI disse “não há nenhum número mágico de juros” para que Portugal regresse aos mercados, ao contrário do ministro dos Negócios Estrangeiros que colocou a fasquia nos 4,5%.
Também Maria Luís Albuquerque afirmou que «não há números mágicos» para a sustentabilidade dos juros da dívida e que «não se podem valorizar afirmações sem saber exactamente qual é o contexto».
"Mais moderação." Foi o que pediu o presidente da CIP. António Saraiva disse que Rui Machete demonstrou insensibilidade e as declarações sobre os juros de 4,5% deixaram as pessoas confusas.
O líder parlamentar do Bloco de Esquerda considerou hoje que o ministro dos Negócios Estrangeiros português deu voz a «um pensamento escondido que preocupa este Governo», ou seja, um «segundo resgate no horizonte de Portugal».
Como em tudo nesta vida também existem opiniões favoráveis e Machete também recebeu elogios (embora vindos de alguém que, em matéria de manipulações, arruaças e aldrabices não tenha curriculum mas sim cadastro). “Se há pessoa séria, bem formada, se há uma mais-valia para este Governo, é Rui Machete”, declarou Alberto João Jardim quarta-feira à noite, quando foi questionado na Grande Entrevista da RTP sobre a polémica que envolve o ministro dos Negócios Estrangeiros, que anunciou os 4,5% de taxa de juro como condição essencial para Portugal evitar um segundo resgate.
Mas hoje a verdade veio finalmente ao de cima numa notícia do Expresso.
Afinal Bruxelas conhece "número mágico" de Machete!
Taxa de 4,5% referida por ministro dos Negócios Estrangeiros é usada pela Comissão na análise de sustentabilidade da nossa dívida pública.
Fonte:http://expresso.sapo.pt/bruxelas-conhece-numero-magico-de-machete=f842139
Afinal o ministro não inventou nada.
Falou foi demais e o resto da malta não gostou que ele lhes estragasse a história cor de rosa de que para o ano a troika se vai embora e seremos livres outra vez.
Enquanto o país apodrece politicamente, e empobrece socialmente, o presidente Cavaco, o grande seguro de vida do governo, assobia para o lado, diz trivialidades e apela a consensos irreais que ajudou a destruir logo no seu discurso de tomada de posse.
E ninguém diz que o rei vai nu!
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