sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Ontem mudou tudo. Governo e Cavaco estão mais próximos do fim!


Por mais que Cavaco se recuse a falar, que Passos Coelho empurre para o MAI as declarações, sobre este relevantíssimo facto político, que foi a manifestação das polícias, e que Portas tenha passado à clandestinidade (como é seu hábito nas situações adversas) o país viu bem, e em directo, o que se passou ontem à hora do jantar em frente ao Parlamento.

O país viu que os polícias não entraram no Parlamento porque não quiseram e, para aumentar a fragilidade deste poder putrefacto, que os/nos está a arruinar, foram até à porta principal de rompante sem oposição e depois voltaram paulatina e ordeiramente para trás.

Foi uma enorme mensagem, de irritação civilizada, que deve ser tomada muito a sério pelos seus destinatários sob pena de existir uma rápida e violenta degradação da paz social.

Que governo e presidente da república dignos desse nome deixam, em democracia, que as coisas se degradem a este ponto?
Que governo e presidente da república dignos desse nome acham que, depois de dois anos de crispação política e social que destruiu um acordo de concertação social, destruiu a classe média e colocou milhões de pessoas na miséria, faz sentido falar de amplos consensos com parceiros e oposição?

Esta ainda foi uma resposta controlada das forças de segurança que pela primeira vez se uniram numa luta comum (milhares de agentes da PSP, GNR, SEF, guardas prisionais, ASAE, Polícia Marítima, Polícia Judiciária e polícias municipais participaram na manifestação).

Resta saber como serão as próximas iniciativas.

E como tratarão, o governo e a polícia, as manifestações de outros cidadãos,que no futuro também tentarem subir as escadarias, depois deste tão grave precedente?

Vão carregar sobre os manifestantes que só querem fazer o mesmo que os polícias fizeram ontem?

É claro que, um governo fraco, arrogante e incapaz de assumir responsabilidades políticas em relação a coisa que correm mal só vê a saída do bode expiatório, ou seja, a demissão do director-nacional da PSP que à semelhança do anterior apenas ficou dez meses no lugar.





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