sábado, 11 de janeiro de 2014

Portas explica demissão mas muito pouco e mal!


Diz o Portas no seu discurso, no congresso do CDS aos seus delegados, para justificar a crise, por si criada, no verão passado (que demorou quase um mês a resolver e implicou que Portugal pagasse juros mais altos durante vários meses)

"O que teve de ser teve muita força"!
"O partido deve apenas de saber que atuei em último, e exclusivamente em último, recurso, porque entendi que, se nada fosse feito, a coligação poderia deteriorar-se e isso poria em risco aquilo que é o bem essencial para todos".
"só os que não conhecem o meu sentido de missão - mas o partido conhece, podem julgar que foi uma questão de capricho ou enfado".

Sendo o congresso o orgão máximo do partido esta é uma maneira muito estranha, e pouco democrática, de o líder prestar contas.
Claro que ninguém pensa que isto foi capricho ou enfado.
O que toda a gente pensa é que foi golpe e dos grandes, na linha da ambição de Portas.

Outra frase emblemática do Portas no final foi:
"como sabem, eu sou de ficar, não sou de abandonar".

Mas quem não se lembra da saída estratégica de Portas do CDS no fim do governo de Durão Barroso (por causa cimeira das Lages e das mentiras sobre o Iraque) pois queria ser esquecido pelo país e o seu assalto, mais tarde, à liderança de Ribeiro e Castro.  

Se isto é respeito pelo congresso e actuação coerente, não sei o que será quando assumirem a falsidade.

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