terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Afinal já não é só o Marlboro o ícone que mata!

Diz-se que o Marlboro Man aparece como um cowboy solitário a cavalo, geralmente em atividades associadas ao velho oeste, conduzindo cavalos por rios em cenários de natureza.

Mas depois existe o lado negro, controverso e ambicioso, que não olha a meios para atingir os seus fins, ou muito, muito ,muito dinheiro de lucros pela venda do tabaco mesmo quando apareciam cada vez mais insistentemente evidências do seu malefício para a saúde.
   E a vida encarregou-se de castigar a marca pois cinco das suas caras nos anúncios da Marlboro morreram com doenças no pulmão!
  • David Millar, Jr., o original Marlboro man, morreu de  enfisema em 1987,
  • David McLean, outro Marlboro man, morreu de câncer no pulmão aos 51 anos,
  • Dick Hammer, o único que não era um cowboy na vida real morreu de câncer de pulmão mas não era fumante.
  • Wayne McLaren, o primeiro que interpretou o Marlboro man, morreu de câncer de pulmão em 1992, aos 52 anos. 
  • McLaren testemunhou a favor da legislação anti-tabagismo na idade de 51. 
  • Durante o tempo de ativismo anti-tabagismo de McLaren, a Philip Morris negou que a McLaren já tivesse aparecido em qualquer anúncio de Marlboro, em resposta, McLaren recolheu o depoimento de uma agência de talentos que o representou e um cheque de pagamento confirmando que ele tinha sido pago para um trabalho "impresso da Marlboro".
  • Eric Lawson, que era fumador desde os 14 anos, foi contratado para participar nos anúncios da Marlboro entre 1978 e 1981 morreu com cancro no pulmão, aos 72 anos no dia 10 de janeiro de 2014.
Mas esta notícia da OMS Organização Mundial de Saúde alarga, e muito, o âmbito dos comportamentos que geram o cancro que, segundo os dados estatísticos está a crescer assustadoramente.

O relatório de 2014, da OMS, dedicado ao cancro a nível mundial indica como principais causas de cancros evitáveis: tabaco, infeções, álcool, obesidade e inatividade, radiação (solar e médica), poluição e maternidade tardia e opção pela não amamentação.

Face a estas conclusões, os cientistas da OMS consideram uma "necessidade real" que os países se foquem na prevenção, apertando o cerco ao tabaco, à obesidade e ao álcool.

Atualmente, 14 milhões de pessoas são diagnosticadas com cancro todos os anos, mas a previsão é de que esse número aumente para 19 milhões em 2025, 22 milhões em 2030 e 24 milhões em 2035, o que leva a OMS a falar numa "maré de cancro".

Por isso ou a civilização, como nós a conhecemos, se altera e coloca as pessoas (os seus interesses e o seu bem estar) no centro das suas prioridades para que tenhamos uma vida mais saudável, ou então a dita "maré de cancro" (se não se transformar em tsunami de cancro) nos reduzirá à nossa verdadeira dimensão de minúsculos seres vivos que narcisicamente achámos que poderíamos manipular a nosso belo prazer a mãe natureza!
Por incrível que pareça está na nossa mão a nossa não extinção!







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