Então não é que este "nabo" que (certamente não por acaso) foi Nobel da Economia em 2001 também defende a restruturação (profunda note-se bem) da divida pública portuguesa e criticou violentamente a política da Troika!
Depois de, na semana passada, 74 economistas estrangeiros apoiaram o manifesto dos 70 portugueses que, sendo de todos quadrantes políticos, se uniram para propor soluções de fundo para a saída da crise portuguesa que, segundo eles, também passam pela restruturação da nossa divida pública, veio logo o " triunvirato nacional" (Passos, Portas e Cavaco) dizer que esse apoio era irrelevante.
Entre estes "irrelevantes" (segundo Passos Coelho) encontram-se nomes como o de José Antonio Ocampo, antigo ministro das finanças da Colômbia e secretário-geral adjunto das Nações Unidas, actualmente consultor da ONU e do Independetn Evaluation Office do FMI, além de Stephany Griffith-Jones, responsável pela apresentação do relatório sobre regulação financeira global na última reunião dos ministros das finanças da Commonwealth.
O dinamarquês Beng-Ake Lundvall, secretário-geral de Globelics e perito do Banco Mundial é também uma das personalidades que integra o manifesto internacional que o Público teve acesso, um conhecedor da realidade do país, já que foi consultor do Governo português na última presidência na União Europeia e um grande especialista mundial em economia da inovação.
Outro "nabo" é Mark Blyth professor da universidade de Brown, nos EUA, autor do livro "Austeridade - A história da uma ideia perigosa" que foi considerado, pelo Finantial Times, como o melhor livro de 2013.
Se tanta gente desta defende este caminho não fará sentido discutir isto sem provocações e demagogias?
Portugal é importante demais, para nós portugueses, para se descurarem opções!
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