Um amigo meu enviou-me este poema popular.
Gostei tanto da sua crueza, verdade e simplicidade que não resisti a coloca-lo aqui!
Cortador de profissão
Chamo-me Passos Coelho,
Cortador de profissão.
Corto ao jovem, corto ao velho,
Corto salário e pensão.
Corto subsídios, reformas,
Corto na saúde e na educação.
Corto regras, leis e normas,
E cago na Constituição.
Corto ao escorreito e ao torto,
Fecho repartições, tribunais,
Corto bem-estar e conforto,
Corto aos filhos, corto aos pais.
Corto ao público e ao privado,
Aos independentes e liberais.
Mas é aos agentes do Estado
Que gosto de cortar mais.
Corto regalias, corto segurança,
Corto direitos conquistados,
Corto expectativas, esperança,
Dias santos e feriados.
Corto ao polícia, ao bombeiro,
Ao professor, ao soldado.
Corto ao médico, ao enfermeiro,
Corto ao desempregado.
No corte sou viciado,
A cortar sou campeão,
Mas na gordura do Estado,
Descansem, não corto, não.
Eu corto
a Bem da Nação
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